Conservação Fóssil

A conservação é um dos processos de fossilização que permitem a formação de fósseis.

A conservação pode ser total se o cadáver subsiste totalmente. São muitos os exemplos de conservação total, por exemplo, os mamutes encontrados nos gelos da Sibéria e os insetos englobados em âmbar. Nas florestas de coníferas os insetos e outros artrópodes deslocavam-se sobre o tronco das árvores e por vezes eram englobados pela resina. Estas transformavam-se em âmbar conservando-os integralmente. Nos meios desérticos, o animal pode ser desidratado e o processo chama-se de munificação. É o caso de exemplares de preguiça encontrados no deserto do Novo México.

Os casos de conservações totais são bastante raros, sendo mais vulgares os casos de conservação parcial de peças esqueléticas, como dentes e conhas.

O conjunto de fenómenos físico, químicos e biológicos que permitem a formação de fósseis denomina-se fossilização. Todo o cadáver abandonado sobre o solo torna-se presa de uma enorme quantidade de agentes de putrefacção, principalmente bactérias, que rapidamente destroem as partes moles. Depois, pela ação das intempéries, desaparece o esqueleto e do cadáver nada resta. Isto é o que acontece em condições normais. Torna-se, assim, evidente que para ocorrer fossilização devem verificar-se condições específicas.

Para que ocorra fossilização é necessário que se reúnam certas condições, umas inerentes ao meio outras inerentes ao próprio ser vivo em causa.

A palavra fóssil derica do latim fossilis, que significa desenterrado. A maioria dos fósseis separa-se das rochas onde se formaram devido a fenómenos de meteorização e de erosão. Em tamanho, os fósseis animais variam desde os ossos dos dinossauros com mais de um metro de comprimento e com o peso de centenas de quilos, até fósseis minúsculos que só são visíveis ao microscópio. Estas formas mais pequenas são chamadas microfósseis.

Para que se dê a fossilização é necessário que, após a morte do ser vivo sobre ele se forme um depóstito que o isole do ambiente impedindo a sua destruição. É esta a razão da existência de grande número de fósseis marinhos ou lacustres e da escassez de fósseis terrestres. A qualidade do depósito que recobre o ser também é condicionante da fossilização. Quanto mais fino e impermeável este for, mais fácil será a fossilização. Um depósito grosseiro e permeável dificulta o processo. As temperaturas médias e a humidade, na medida em que faciltam as ações microbianas, dificultam a fossilização. Temperaturas baixas e climas secos facilitam a formação de fósseis na medida em que impedem a ação de microrganismos.

A fossilização é tanto mais fácil quanto mais rico for o ser vivo em substâncias minerais tais como a sílica ou sais de cálcio. Os ossos, dentes, conhas e outras partes duras fornecem os melhores fósseis. Unhas, pêlos, penas e chifres constituídos por substâncias orgânicas raramente se conservam. As partes moles só em condições verdadeiramente excepcionais deixam impressões reconhecíveis. Quando tal acontece, o fóssil é do mais alto interesse, pois fornece informações mais precisas sobre a sua constituição.

Segundo a natureza do cadáver, do sedimento onde se conserva, das águas de infiltração que o atravessam, a fossilização efetua-se por diversos processos. O processos mais comuns de fossilização são a conservação, a mineralização, a incrustação, as moldagens , a incarbonização  e a impressão.

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