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A gestão de conflitos diz respeito à capacidade para usar a tensão entre os indivíduos na busca de novas ideias, criatividade e desenvolvimento.
Segundo Dimas, Lourenço e Miguez (2007) o conflito provém de uma divergência de opiniões e perspectivas em relação a determinada situação, a qual coloca os indivíduos em situação de tensão entre si. Anteriormente, devido à reação dos indivíduos ao mesmo, havia a ideia de que o conflito era prejudicial, contudo, ao longo do tempo, vários estudos chegaram à conclusão de que a capacidade de gestão de conflitos, de forma otimizada, não só é benéfica como pode trazer criatividade e, por consequência, desenvolvimento (Dimas, & Lourenço, 2011; Dimas, Lourenço, & Miguez, 2007).
Algumas teorias acreditam que a gestão de conflitos, seja individualmente ou coletivamente, pode mesmo trazer alternativas a determinada situação para a qual se procura uma solução. Por esse motivo, muitas vezes, procura-se mesmo estimular situações conflituosas n sentido de encontrar debates de ideias que possam, de alguma forma, contribuir para soluções que possam ser mais adequadas para o problema (Dimas, Lourenço, & Miguez, 2007).
Em 2011, Dimas e Lourenço verificaram, nas suas análises sobre gestão de conflitos, que a possiblidade de aumentar perspectivas e mais alternativas para a solução de problemas, passa, frequentemente, pelo conflito, principalmente quando se trata de tarefas mais complexas, as quais precisam de uma análise mais cuidada.
Por vezes, devido à utilização desta estratégia, através da capacidade de gestão do conflito, consegue-se mesmo chegar decisões grupais com mais qualidade (Dimas, Lourenço, & Miguez, 2007).
Nestas circunstâncias, habitualmente, encontra-se, não só estratégias de resolução do problema mais adequadas e com maior qualidade, como também, mais satisfação por parte dos participantes (Dimas, Lourenço, & Miguez, 2007).
Contudo, alguns estudos afirmam que a gestão do conflito só pode resultar quando não a questão sócioafetiva não está associada à situação, uma vez que, neste cenário, a probabilidade de haver menos satisfação por parte de cada elemento, é maior (Dimas, & Lourenço, 2011).
Conclusão
Os estudos evidenciam as benesses da gestão de conflitos, uma vez que se verifica, frequentemente, que esta estratégia permite a fluência de diferentes perspectivas, criatividade e desenvolvimento das questões geradoras de conflito. Na maioria dos casos, muitas vezes, quando bem geridos, os conflitos trazem a possibilidade de encontrar soluções com mais qualidade e mais satisfação para os intervenientes.
References:
- Dimas, I.D.Lourenço, P.R. (2011). Conflitos e gestão de conflitos em contexto grupal. In A.D.Gomes, Psicologia das Organizações, do Trabalho e dos Recursos Humanos: Contributos para a investigação e intervenção (pp. 195-232). Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.
- Dimas, Isabel Cristina Dórdio, Lourenço, Paulo Renato, & Miguez, José. (2007). (Re)Pensar os conflitos intragrupais: desempenho e níveis de desenvolvimento. Psicologia, 21(2), 183-205. Recuperado em 30 de outubro de 2018, de http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-20492007000200011&lng=pt&tlng=pt.