A censura é uma função psíquica que impede aos desejos inconscientes e a formações que deles derivam de acederem ao sistema pré-consciente ou consciente. Sigmund Freud (1856 – 1939) foi o seu autor. As primeiras descrições sobre a censura estão datadas de 1897, sempre em relação à 1ª tópica freudiana: inconsciente – pré-consciente – consciente. Para Sigmund Freud, a censura é uma função insistente e permanente, isto é, ela atua constantemente ao nível do inconsciente e também do pré-consciente.
Constitui um impedimento seletivo entre os sistemas inconscientes por um lado e os sistemas pré-conscientes e conscientes por outro, estando pois na origem do recalcamento. Estão distinguidos os seus efeitos quando abranda parcialmente como é o caso do sonho: o estado de sono impede que os conteúdos do inconsciente abram caminho até à motilidade mas podem por em risco de se opor ao ato de dormir, sendo pois que a censura funciona contudo há um afrouxamento para que o ato de dormir ocorra.
No caso do sistema pré-consciente – consciente, Sigmund Freud defende que qualquer passagem de um estado inferior para um outro mais elevado implica a atuação da censura de uma forma mais intensa. Na segunda tópica – Id- Super-Ego e Ego, o autor apresenta a censura como entre uma espécie antecâmera onde se comprimem desejos inconscientes e um grande salão onde reside a consciência. É como uma consciência moral
Palavras-Chave: Censura, Psicologia, Psicanalise, Sigmund Freud, primeira tópica – inconsciente-pré-consciente-consciente, segunda tópica: Id, super-ego e ego.
Bibliografia:
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Larousse-Bordas (2007). Dicionário Temático Larousse – Psicanalise (Dir. Pajouès, J.). Porto Alto: Temas e Debates
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