Atividade Física no Bem-Estar Psicológico

Tanto a atividade física como o exercício físico constituem uma proteção contra o desenvolvimento de sintomas psicopatológicos, principalmente sintomas depressivos e de ansiedade…

Tanto a atividade física como o exercício físico constituem uma proteção contra o desenvolvimento de sintomas psicopatológicos, principalmente sintomas depressivos e de ansiedade. Ao distrair dos estímulos que provocam stress, ao promover no indivíduo um maior controlo sobre o seu corpo e a sua vida, e ao proporcionar uma interação com outras pessoas, a atividade e o exercício físico reduzem as probabilidades de uma pessoa vir a desenvolver mais tarde uma perturbação (Ribeiro, 1998).

O exercício e a atividade física melhoram o condicionamento físico, ajudam a diminuir a perda de massa óssea e muscular, aumentam a força, a coordenação e o equilíbrio, reduzem a incapacidade funcional, a intensidade dos pensamentos negativos e das doenças físicas, e promovem a melhoria do bem-estar, do humor e da autoestima. Ao nível do cérebro é possível verificar grande atividade da região pré-frontal cortical, atuando ao nível dos pensamentos negativos, e um aumento do metabolismo da glicose em várias regiões límbicas, principalmente na amígdala, que é responsável pela parte emocional. Quando um indivíduo pratica atividade ou exercício físico, também se verifica um aumento na libertação de neurotransmissores como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina, reduzindo o desenvolvimento de memórias relacionadas com o medo e diminuindo respostas a eventos considerados ameaçadores, e gerindo de uma melhor forma a resposta emocional (Moraes et al., 2007). De igual modo, propicia um alívio no stress e na tensão acumulada reduzindo o impacto stressante do ambiente (Cooper, 1982; cit. por Stella, Gobbi, Corazza, & Costa, 2002).

É possível verificar que tanto a atividade quanto o exercício físico podem propiciar benefícios, sendo cada vez mais uma técnica bastante procurada para promover uma melhor saúde mental.

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References:

  • Ribeiro, S. (1998). Actividade física e sua intervenção junto à depressão. Revista Brasileira de Actividade Física e Saúde, 3(2), 73-79.
  • Moraes, H., Deslandes, A., Ferreira, C., Pompeu, F., Ribeiro, P., Laks, J. (2007). O exercício físico no tratamento da depressão em idosos: Revisão sistemática. Revista Psiquiátrica, 29(1), 70-79.
  • Stella, F., Gobbi, S., Corazza, D., & Costa, J. (2002). Depressão no idoso: Diagnóstico, tratamento e benefícios da actividade física. Motriz, 8(3), 91-98.
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