Amnésia Infantil

A amnésia infantil foi descrita por Sigmund Freud (1839 – 1956) e é referente ao esquecimento dos primeiros anos de vida do ser humano. Na obra “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade” (1905), o autor explica que a amnésia infantil tem por base a sexualidade infantil e ocorre pelo recalcamento desta. Este esquecimento estende-se à quase totalidade dos acontecimentos e vivências infantis, com adormecimento do complexo de édipo que será trazido à consciência, de forma simbólica, na adolescência, aquando da procura da sua resolução. A entrada na fase de latência reforça a amnésia infantil com a sociabilidade e os conhecimentos.

A amnésia infantil encontra o seu limite temporal na adolescência. Não foi nomeada pela psicologia. Estava associada à imaturidade funcional, contudo, após Sigmund Freud, a teorização sobre a amnésia infantil tornou-a clara e uma evidência científica de relevo. Com este autor deixou de estar em causa a ausência de recordações ou vivências passadas na infância. A ausência de recordação consciente fica a dever-se ao processo de recalcamento e não ao vazio do passado.

Palavras-Chave: Amnésia Infantil, Recalcamento, Período de Latência, Sigmund Freud, Três ensaios sobre a Teoria da Sexualidade

Bibliografia:

Larousse-Bordas (2007). Dicionário Temático Larousse – Psicanalise ( Dir. Pajouès, J.). Porto Alto: Temas e Debates

Laplanche, J. & Pontalis, J.-B. (1990) Vocabulário de Psicanalise. Lisboa: Editorial Presença (obra original publicada em 1967)

Roudinesco, E. & Plon, M. (2000). Dicionário de Psicanalise. Lisboa: Editorial Inquérito. (obra original publicada em 1997)

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