Biografia de Cândida Pinto, uma jornalista portuguesa que se destaca pelo trabalho desenvolvido na SIC, desde a fundação do canal, em 1992, particularmente na coordenação da Grande Reportagem.
Nome completo: Cândida Pinto
Data de nascimento: Nasceu em 1964 (tem 53 anos)
Local de nascimento: Torres Vedras, Lisboa, Portugal
Nacionalidade: Portuguesa
Ocupação: Jornalista, autora e repórter de guerra
Cândida Pinto é uma jornalista de nacionalidade portuguesa que nasceu em 1964 em Torres Vedras, distrito de Lisboa, em Portugal. Completou este ano 53 anos de idade e conta com uma carreira de destaque na área televisiva nomeadamente na SIC – Sociedade Independente de Comunicação – no entanto também trabalhou no meio radiofónico tendo passado por várias rádios em Portugal. Cândida Pinto é conhecida como sendo uma das melhores repórteres do país, destaca-se pelo trabalho desenvolvido na cobertura em vária guerras a nível mundial ao serviço da SIC e já obteve vários prémios com trabalhos individuais mas também já recebeu premiações por trabalhos desenvolvidos na Grande Reportagem da SIC, projeto que coordena.
O gosto pelo jornalismo surgiu em Cândida Pinto ainda na altura que frequentava o ensino secundário, onde tomou gosto pelo mundo da comunicação e do jornalismo através de uma professora da disciplina de Jornalismo. Aos 22 anos Cândida mudou-se de Torres Vedras para a cidade de Lisboa com a finalidade de ingressar no curso de Licenciatura em Comunicação Social do Instituto de Ciências Sociais e Políticas de Lisboa (ISCSP). Ainda durante os anos de formação académica, na licenciatura, Cândida começou a fazer estágios, tendo começado por entrar na Antena 1, um canal de rádio da Radiodifusão Portuguesa (RDP) que se mantem ainda em funcionamento em conjunto com Antena 2 e Antena 3. Apesar de atualmente se destacar pelo trabalho desenvolvido essencialmente em televisão e no cenário de guerra, Cândida Pinto começou por trabalhar em Rádio. Foi na Antena 1, local onde já tinha feito um estágio curricular no âmbito da sua licenciatura, que começou a dar os primeiros passos no Jornalismo.
Mais tarde surgiu a oportunidade de passar a trabalhar noutra rádio, a TSF – Rádio Jornal, que atualmente é designada por TSF – Rádio Notícias. Cândida Pinto começou a trabalhar na TSF poucos anos depois desta estação de rádio privada especificamente virada para informação ter começado a emitir, em 1988, sob fundação e orientação de Emídio Rangel. Quando a TSF surgiu, Cândida Pinto estava ainda na RTP – Rádio e Televisão de Portugal – a fazer um curso de formação específico em linguagem televisiva no entanto aceitou a proposta no arranque da nova rádio, mudou-se para a TSF Rádio Jornal e lá conheceu e trabalhou com jornalistas de renome com por exemplo Sena Santos, Emídio Rangel (fundador), Fernando Alves e Adelino Gomes.
Cândida Pinto, por essa altura da sua vida já tinha experiência no meio rádio e em duas rádios portuguesas distintas, no entanto, o curso de formação que fez na RTP, específico em linguagem televisiva acentuou uma paixão por televisão e a sua preferência para o ramo de reportagem. Em 1992 surgia a SIC – Sociedade Independente de Comunicação – e Cândida Pinto integrou o projeto desde então até à atualidade. Ingressou no quadro redatorial do novo canal televisivo privado português e rapidamente conseguiu criar notabilidade e destacar-se como uma das melhores repórteres do país.
Dentro de um novo meio, a televisão, Cândida especializou-se no ramo da reportagem televisiva, em particular a Grande Reportagem e as reportagens de guerra, já tendo estado em vários cenários de guerra tais como em Angola, em 1994, na Guerra Civil da Guiné Bissau em 1998, na Guerra do Kosovo em 1998 e 1999 e em Timor, Líbia e no Afeganistão no ano de 2001. Em trabalho, Cândida já “correu” grande parte do mundo destacando-se também trabalhos na América do Sul, no Médio Oriente, no Iraque, na Guerra do Golfo, na Geórgia, Paquistão, Somália, Darfur e até Antártida. Arábia Saudita e um dos sítios mais marcantes, o Haiti, onde as consequências do terramoto marcaram não só o sítio como a sua carreira profissional. Como coordenadora da Grande Reportagem da SIC, um programa que existe desde 1996 no canal, ganhou vários prémios e distinções internacionais além do reconhecimento pelo excelente trabalho de investigação desenvolvido.
Em 2001 foi fundada a Sic Notícias – antigo CNL – Canal de Notícias de Lisboa – um canal de televisão por cabo especializado em informação que pertence à SIC e que atualmente ainda se encontra em funcionamento. Nessa altura Cândida Pinto assumiu a direção do novo canal e dedicou-se à direção de um canal, ficando assim mais distante da reportagem e dos cenários internacionais a que estava habituada. Foi outro ponto importante na sua carreira. Em 2002 lançou o livro “Lodo até à Cintura” onde relata as dificuldades vividas por um repórter em início de carreira. Em 2011 lançou a obra “Snu e a vida privada com Sá Carneiro”, um livro que conta uma das mais emocionantes histórias de amor vividas em Portugal: a história de Snu Abecassis e Sá Carneiro.
Obras Literárias
2002 – Lodo até à Cintura
2011 – Snu e a vida privada com Sá Carneiro
Prémios e distinções
1996 – Prémio Valores Humanitários e Direitos Humanos no Festival Internacional de Grande Reportagem – FIGRA, em França, com a reportagem “Meninos de Angola” (em conjunto com Vítor Caldas)
2004 – Prémio AMI – Jornalismo Contra a Indiferença (7ª Edição) com a reportagem “Mulheres de Bagdad”
2010 – Prémio AMI – Jornalismo Contra a Indiferença (13º Edição) com a reportagem “Eu e os Meus Irmãos” (imagem de Jorge Pelicano e edição de Ricardo Tenreiro)
2012 – Prémio Gazeta de Televisão, do Clube de Jornalistas, pela série de reportagens “Momentos de Mudança”
2012 – Prémio Arco-Íris da Associação ILGA Portugal – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo.
