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Desde tempos imemoriais que se têm tecido diversas teorias sobre a natureza da verdade. Pode afirmar-se, no entanto, que o conceito tradicional de verdade assenta na adequação do entendimento com a realidade, ou seja, na verdade enquanto sinónimo de conhecimento objetivo.
De facto, os filósofos gregos iniciaram a sua reflexão quanto à noção de verdade, opondo-a à noção de “falsidade” e, portanto, igualando-a à realidade. Mas também se ocuparam da verdade enquanto propriedade de certos enunciados. Aristóteles foi, na verdade, o primeiro a mencionar a “conceção lógica” dos enunciados, pois não existe verdade sem enunciado.
Deste modo, sublinhava o papel fulcral da lógica na linguagem. Também nas suas palavras “Dizer do que é que não é, ou do que não é, que é, é o falso”, o filósofo deixa transparecer, sobretudo, um apelo ao senso comum.
Evidentemente, esta teoria começou a ser corroborada ao longo dos tempos por vários filósofos, mais precisamente a partir do século XVII. Começava-se, por exemplo, a debater a questão da objetividade e da validade universal do conhecimento científico e, neste sentido, vários ramos da filosofia, como a lógica, a ontologia, a ética, ou a filosofia analítica da linguagem ocuparam-se do problema da verdade.
Se, por exemplo, para Hegel, a verdade é encarada como um processo, ou constante configuração do real, já para Nietzsche esta é perspetivada como um ponto de vista, o que conduz a uma pluralidade de expectativas.