Thomas More

Thomas More foi filósofo, escritor, diplomata, advogado e homem de estado, sendo considerado um dos grandes humanistas do Renascimento.

Thomas More foi filósofo, escritor, diplomata, advogado e homem de estado, sendo considerado um dos grandes humanistas do Renascimento.

Nascido a 7 de fevereiro de 1478, em Londres, e filho do juíz John More e de Agnes Graunger, é conhecido pela sua obra literária (publicada a 1516), “Utopia”.

Na obra literária “Utopia”, Thomas More cria um reino/ilha imaginária onde a sociedade funciona de maneira justa e perfeita, sendo regida pela lei e pela religião, enquanto critica ao longo da obra os males políticos e económicos do seu tempo.

A nível académico, Thomas More frequentou a Escola de St. Anthony, tendo prosseguido mais tarde para Oxford, sob a tutela de Thomas Linacre e de William Grocyn, onde estudou Literatura Grega e Latina.

Por volta de 1494, retornou a Londres para tornar a estudar, desta vez tirando Direito.

Apesar das suas intenções de abraçar a vida monástica, sentiu-se obrigado a servir o país através da política, tendo sido eleito para o Parlamento, em 1504.

Ao longo do seu percurso atraiu a atenção do rei Henrique VIII, tendo sido nomeado diversas vezes para missões diplomáticas ao estrangeiro.

Thomas More ajudou o rei a escrever um repúdio às ideias de Martinho Lutero e acabou por ganhar o favor real, sendo nomeado orador da Câmara dos Comuns, em 1523, e Conselheiro do Ducado de Lencastre. em 1525.

Apesar de se ter recusado a apoiar a ideia do rei Henrique VIII, de se divorciar de Catarina de Aragão, foi elevado ao cargo de Lorde Conselheiro, tendo sido o primeiro leigo a ocupá-lo.

Em 1532, demitiu-se das suas funções alegando razões de saúde e recusou-se a assistir à coroação de Ana Bolena em 1533. facto que não agradou o rei.

Em 1534, foi acusado de cumplicidade com a freira Elizabeth Barton, religiosa que se opunha ao cisma de Henrique VIII com Roma.

No mesmo ano e ao recusar-se a pronunciar a Lei da Sucessão e o Juramento de Supremacia, foi condenado à prisão na Torre de Londres e acusado de traição.

Morreu decapitado a 6 de julho de 1535, mas não sem que as suas últimas palavras fossem: “Bom servidor do rei, mas de Deus primeiro.”

Foi assim beatificado em 1886 e canonizado santo pela Igreja Católica, em 1935.

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