Moral de rebanho, Friedrich Nietzsche

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Moral de rebanho é um conceito da filosofia de Friedrich Nietzsche que afirma a existência de um comportamento humano puramente submisso e irrefletido sobre os valores dominantes da civilização. São eles ora, aristocrático cavalheiresco, ora cristão ou burguês e se fizeram presentes na grande massa de homens de todos os tempos.

Na moral de rebanho o que move o homem é o hábito, o costume. Adquire-se um modo de ser incorporado, agregado pela civilização, pelas exigências que a sociedade impõe. Este tipo de comportamento é, muitas vezes, aceito por nós que o recebemos e praticamos sem serem refletidos por nós. É recebido de fora para dentro, como algo dado; são conteúdos que incorporamos à rotina, reverenciamos passivamente e se tornam travas ao desenvolvimento pessoal e coletivo. Nietzsche, afirma que para que certos princípios, como a justiça e a bondade possam atuar e enriquecer é preciso que surjam como algo que obtivemos ativamente a partir da superação do que nos foi dado. Para essa conquista é que Nietzsche ensina a combater a complacência, a mornidão das posições adquiridas, que o comodismo intitula moral, ou outra coisa bem soante que defina a moral de rebanho.

Para ele existe uma vida que se opõe à uma outra vida. Uma que é anestesiada, doentia e fraca e outra vida que é transbordante de alegria, sã e por isso forte, viril e nobre. A primeira é a vida do hábito, da moral de rebanho, que diz não a vida e a segunda é a vida do ethos, onde não há nenhum conteúdo a priori que defina o modo de ser do homem, mas este dirá a si mesmo como se sente à vontade ou não dentro do caminho que escolher no mundo.

 

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