Quem foi Hannah Arendt?
Hannah Arendt foi uma das mais influentes filósofas alemãs do século XX. Originalmente Johanna Arendt, Hannah Arendt nasceu no dia 14 de outubro de 1906, em Linden, no berço de uma família judia. Seus antepassados vieram de Königsberg, na Prússia, de um núcleo de judeus secularizados.
Biografia
A privação de direitos e perseguição de pessoas de origem judaica ocorrida na Alemanha a partir de 1933, assim como o seu breve encarceramento nesse mesmo ano, fizeram-na decidir emigrar. Hannah Arendt foi educada pela mãe, que era social-democrata. Seu pai morreu de sífilis em 1913.
Apesar de não ter tido uma criação judaica restrita, sempre se considerou judia e participou do movimento sionista. Por causa de seus avós, que eram judeus reformistas, Hannah foi então criada cercada de livros. Aos 14 anos já tinha lido a Crítica da razão pura, de Kant.
Aos 17 anos é obrigada a abandonar a escola por problemas disciplinares, indo então, sozinha, para Berlim. Lá ficou até 1924 e estudou teologia cristã, filosofia, psicologia, mas não chegou a concluir a formação.
Hannah Arendt e o nazismo
Em 1937, o regime nazista retirou-lhe a nacionalidade, o que a tornou apátrida até conseguir a nacionalidade norte-americana em 1951. Até lá, ficou nos Estados Unidos, onde viveu e faleceu, em Nova Iorque, em 1975.
Trabalhou, entre outras atividades, como jornalista e professora universitária e publicou obras importantes sobre filosofia política. Apesar disso, sempre se recusou de ser chamada e classificada como filósofa. Ela preferia que suas publicações fossem classificadas dentro da teoria política.
Conceitos importantes
Para Hannah Arendt, o conceito de pluralismo seria responsável pela uma liberdade e igualdade política seria gerado entre as pessoas. Na sua perspetiva, a inclusão do outro era vital para que se atingisse a democracia direta. Um dos seus conceitos mais importantes em relação a isso foi a teoria do totalitarismo.
Como fontes de suas investigações Arendt usa, para além de documentos filosóficos, políticos e históricos, biografias e obras literárias. Esses textos são interpretados de forma literal e confrontados com seus pensamentos. Seu sistema de análise foi parcialmente influenciado por Heidegger, seu professor e amante.