O estoicismo diz respeito a uma corrente filosófica que nasceu em Atenas, no século III a.C., e predominou na Antiguidade Clássica por mais de cinco séculos. Ainda hoje influencia variados autores e movimentos filosóficos.
A escola estóica foi fundada por Zenão de Citio, sendo o seu pensamento estruturado essencialmente pela adoração da natureza e pela indiferença perante os bens materiais.
No domínio da Ética, sustentava a ideia de que o supremo bem seria o esforço para alcançar a virtude e este teria de consistir na aceitação do destino, o qual, por sua vez, tinha sido imposto pela razão universal face aos males físicos e morais.
A história do estoicismo compreende três fases distintas, embora sejam complementares entre si: o “estoicismo antigo”, que teve como principais doutrinadores Zenão, Cleantes e Crisipo, que se dedicaram essencialmente às questões oriundas da Física e da Lógica, o “estoicismo médio”, que surgiu em Roma e cujos pensamentos orbitaram principalmente em torno de variados problemas humanos e éticos e, por fim, o “neo-estoicismo ”, divulgado por filósofos como Séneca, ou Marco Aurélio e caracterizado por um profundo pessimismo e tendência para a religiosidade.
Embora a doutrina estóica apresente estas transformações, ou diferentes fases, nenhuma delas contrariou os pilares em que a mesma foi construída. A influência e a importância do estoicismo é bastante sigficativa na história da Filosofia, ocupando o lugar de verdadeira ideologia do Império Romano e influenciando toda a cultura ocidental, como foi o caso, no século XX, do heterónimo pessoano Ricardo Reis.