Fukubukuro é o nome atribuído aos “sacos da sorte” que são vendidos no Japão durante os primeiros dias do inicio de um novo ano. Fuku, significa sorte, e Fukuro significa saco, conjugando ambas as palavras juntas surge Fukubukuro ou “sacos da sorte”. Estes contém vários items mistério pertencentes à loja onde são adquiridos. Várias cadeias multinacionais aderem a esta tradição como o Starbucks, ou cadeias de lojas de conveniência como o 7 Eleven, mas também o negócio local mais pequeno acaba por aderir a esta iniciativa.
A afluência é grande na época de venda dos fukubukuro.
Cada saco tem um valor fixo e geralmente o conteúdo do mesmo poderá ser ligeiramente ou até mesmo muito maior que o valor pago, ou se os artigos fossem adquiridos individualmente. Dependendo da loja os preços dos sacos variam assim como o conteúdo. Lojas de brinquedos como os Pokémon Center, incluem artigos relacionados com a franquia Pokémon, as livrarias costumam fazer sacos dedicados a cada género de literatura, mas também é possível encontrar restaurantes a vender estes sacos com algumas das suas especialidades empacotadas ou congeladas para serem consumidas mais tarde.
A tradição não tem uma origem definida com várias histórias a reclamar esse direito, mas acredita-se que desde a Era Showa que esta tradição existe e é mantida viva pelos comerciantes, embora talvez na época pudessem não ser vendidos somente no inicio do novo ano. Actualmente estes sacos são apenas vendidos nos primeiros dias de Janeiro, de forma a comemorar a entrada no novo ano e ao mesmo tempo ajudando as lojas a escoar material que não foi vendido no ano anterior. A afluência é enorme e leva mesmo algumas lojas a vender apenas um saco por pessoa ou inclusive permitir reservas online.
As lojas com maior afluência são as de roupa e electrónicos, conhecidas por venderem os fukubukuro bem recheados. Normalmente as filas de pessoas começam ainda antes da loja abrir e chegam a ter vários metros. Algumas lojas também escolhem vender sacos transparentes permitindo que se consiga ver o conteúdo ou com uma lista detalhada dos produtos que podem calhar, mas essa não é a norma. Os artigos que as pessoas receberam mas não gostaram, acabam por gerar uma prática de trocas quase imediata entre os consumidores que podem não estar totalmente satisfeitos e assim poderão ter a sorte de trocar artigos por outros do seu interesse.