As plaquetas (ou trombócitos) fazem parte do grupo de células que representam os elementos figurados do sangue. São corpúsculos anucleados e com a forma de disco e resultam de fragmentos de células gigantes da medula óssea, os megacariócitos (um megacariócito pode dar origem a cerca de 1000 plaquetas). As plaquetas só existem nos mamíferos e possuem um tempo médio de vida de 10 dias, sendo destruídas pelo baço. A produção de novas plaquetas é controlada pela hormona trombopoietina, que é produzida pelo fígado.
A principal função das plaquetas é ajudar na coagulação do sangue, contribuindo para a formação de tromboplastina, fator importante para a transformação de fibrinogénio em fibrina, para formar o coágulo, após uma lesão num vaso capilar. As plaquetas possuem também propriedades secretoras e de contração que são muito importantes no controlo da hemostasia do organismo e ajudam na reparação do vaso capilar após uma lesão.
As plaquetas possuem organelos, como mitocôndrias, microtúbulos, grânulos de glicogénio, entre outros, assim como os sistemas necessários para o metabolismo celular. Os organelos principais visualizados através de microscopia eletrónica são os grânulos alfa (contém fibrinogénio e um fator de crescimento plaquetário, que estimula a cicatrização dos vasos sanguíneos), os grânulos densos (possuem serotonina e adenosina difosfato), os lisossomas (contém enzimas características deste tipo de organelo) e os microperoxissomas (possuem atividade de peroxidase).
Referências Bibliográficas:
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