Conceito de Hidrocarbonetos Aromáticos
Os hidrocarbonetos aromáticos são compostos orgânicos que contêm pelo menos um anel benzénico na sua constituição.
O benzeno é uma molécula cíclica, ou seja, com cadeia fechada, constituída por seis átomos de carbonos e possui três ligações duplas.
Este composto, de fórmula molecular C6H6, é um composto orgânico, líquido à temperatura ambiente, inflamável, incolor e tem um aroma agradável. É um composto tóxico e potencialmente cancerígeno.
Cada átomo de carbono estabelece uma ligação dupla com um átomo de carbono vizinho e uma ligação simples com o outro átomo de carbono vizinho.
Quando se retira um átomo de hidrogénio a um anel benzénico obtém-se uma partícula de fórmula molecular C6H5. Este anel benzénico é um grupo arilo que se chama fenilo.
O poliestireno expandido, conhecido como esferovite, possui um substituinte fenilo na sua cadeia carbonada.
No que diz respeito à nomenclatura para os hidrocarbonetos aromáticos é essencial referir que:
- nos derivados do benzeno monosubstituídos utiliza-se como prefixo o nome do substituinte, ao qual se adiciona a palavra benzeno;
- para os derivados do benzeno com dois ou mais substituintes os seis átomos de carbono são numerados de modo a que os substituintes ocupem as posições correspondentes à menor numeração possível.
O benzeno, descoberto em 1826, é o composto que está na origem da grande família dos hidrocarbonetos aromáticos.
Pode-se obter um grande número de compostos por substituição de um ou mais átomos de hidrogénio por outro(s) átomo(s) ou grupo(s) de átomos no anel benzénico.
As moléculas de naftaleno e de antraceno resultam da fusão de dois e três anéis benzénicos, respetivamente, através de duas posições adjacentes, formando hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs).
É de notar que muitos dos compostos aromáticos são cancerígenos. Dos vários compostos aromáticos existentes, um dos mais potentes é o benzopireno. Este composto é constituído por cinco anéis benzénicos.
Verificou-se a presença de benzopireno no fumo do cigarro, pois existe formação deste composto durante a combustão do tabaco.
Geralmente os HAPs encontram-se misturados tornando-se assim difícil de avaliar o papel de cada um na sua toxicidade.
As Autoridades Europeias criaram diretivas e regulamentos de forma a regular as quantidades máximas de HAPs a que o ser humano pode estar exposto. Paralelamente tem-se levado a cabo planos de monitorização do ar, água e solos. Isto porque ao longo dos últimos anos, a constatação da de presença de HAPs no meio ambiente e os seus efeitos nocivos nos organismos que nele vivem motivaram o interesse da comunidade científica pelo assunto.
Observou-se então que a contínua presença desses contaminantes no meio ambiente é consequência direta da sua baixa solubilidade em água e da sua associação à matéria orgânica de solos e sedimentos, fonte alimentar para inúmeros organismos, ocasionando a incorporação dessas substâncias em diversos níveis da cadeia alimentar.