Conceito de fundo de investimento aberto
Os fundos de investimento abertos são aqueles que têm um número de unidades de participação variável, tendo o participante a possibilidade de subscrevê-las ou resgatá-las a qualquer momento, por oposição aos fundos de investimento fechados que são aqueles que têm um número de unidades de participação fixo e o qual é determinado no momento de subscrição, sendo o reembolso destas efetuado no momento da liquidação do fundo. Existem também os chamados fundos mistos que se caracterizam por estar entre o fundo de investimento aberto e o fechado, contendo as duas categorias de unidades de participação, uma em número fixo e outra em número variável, não podendo a parte fixa ser inferior à variável.
Assim, os fundos abertos são fundos onde o seu capital é variável e que permitem aos participantes subscrever ou resgatar unidades de participação em qualquer momento. São fundos onde as unidades de participação são variáveis, podendo a qualquer momento existir subscrições ou resgates.
Risco dos fundos de investimento aberto
O risco está relacionado com a natureza dos ativos detidos pelo fundo, uma vez que todas as aplicações estão sujeitas a risco, e com o espaço de atuação, ou seja, os mercados onde esses ativos são transacionados.
Liquidez dos fundos de investimento aberto
A liquidez resulta da facilidade em transformar as unidades de participação em meios monetários líquidos, ou seja, em dinheiro à disposição do investidor. A liquidez do fundo pode ser medida através do prazo de pré-aviso de reembolso fixado no regulamento de gestão. No caso dos fundos abertos, uma vez que há sempre a possibilidade de subscrever e resgatar as unidades de participação, a liquidez depende por isso do prazo de pré-aviso estipulado para o reembolso. Por outro lado, nos fundos fechados só pode haver resgate no momento da liquidação do fundo, prevista no regulamento de gestão. Porém, os participantes podem exigir a sua liquidação antecipadamente se, estando prevista a admissão das unidades de participação em Bolsa de Valores, isso não se verifique num prazo de 12 meses após a constituição do fundo.
Nos fundos abertos a situação tem um dinamismo bastante diverso já que cada unidade de participação tem embutida uma opção de resgate subscrita pelo próprio fundo, que pode ser exercida a qualquer momento, ou em datas bem determinadas (menos frequente), e cujo preço de exercício é função do valor divulgado para essa unidade de participação na data de exercício; o período de oferta de subscrição de unidades de participação de fundos nunca encerra até o fundo ser liquidado. Consequentemente, o número de unidades de participação “vivas” (isto é, emitidas e não resgatadas) pode variar de dia para dia. Uma outra distinção interessante, ainda que menos profunda, é entre fundos alavancados – isto é, que podem emitir dívida e/ou empreender «estratégias credoras» e fundos não alavancados – ou seja, os que não podem recorrer a dívida, pelo que o valor do património bruto e do património líquido coincidem.
References:
Ferreira, Domingos (2008). Swaps e Derivados de Crédito. 1ª Ed. Lisboa: Edições Sílabo.