Conceito de dívida de longo prazo
Define-se como Dívida de Longo Prazo o financiamento de capital, obtido a partir de fontes de financiamento externas, com um prazo de exigibilidade longo, considerando como longo, um prazo superior a um ano (em muitos contextos, apenas é considerado de longo prazo quando o prazo é superior a 5 anos, sendo que para prazos entre 1 e 5 anos é considerado de médio prazo). É obtido junto das instituições financeiras sob a forma de empréstimos a prazo ou através da venda de títulos de dívida negociáveis (por exemplo empréstimos obrigacionistas), que são vendidos a investidores institucionais e individuais.
Os empréstimos a longo prazo são a fonte de financiamento mais adequada para o financiamento de investimentos em bens duradouros ou para o financiamento de necessidades permanentes de fundo de maneio, pois são os que melhor contribuem para uma mais adequada estrutura de capital. Além disso, se a rendibilidade dos investimentos for superior ao custo do financiamento, os empréstimos de longo prazo possibilitam a existência de alavancagem financeira, ajudando a aumentar rendibilidade dos investimentos dos acionistas.
Exemplos de instrumentos de dívida de longo prazo
São vários os exemplos de instrumentos de dívida de longo prazo, entre os quais os seguintes:
- Capital de risco: Participação (normalmente, temporária e minoritária) no capital próprio de empresas com potencial de expansão e viabilidade, permitindo a partilha de risco do negócio.
- Empréstimos bancários: Empréstimos de longo prazo concedidos por entidades financeiras, geralmente para financiamento de investimentos em bens duradouros.
- Empréstimos de sócios (ou suprimentos), concedidos pelos próprios acionistas com ou sem juros associados.
- Empréstimos obrigacionistas ou outros títulos de dívida, comercializados no mercado com a intermediação de instituições financeiras especializadas.
- Leasing: Aquisiçao, por parte de intermediários financeiros, de bens de investimento e respectiva cedência em regime de locação.
References:
Mota, António Gomes (2012). Finanças da Empresa – da teoria à prática. 5ª Ed. Lisboa: Edições Sílabo.