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O que são os CDS – Credit Default Swap
Um CDS – Credit Default Swap, é um instrumento financeiro negociado pelos investidores nos mercados obrigacionistas com o objetivo de fazer mais-valias financeiras através da especulação ou para fazer hedging no caso da empresa emitente entrar em incumprimento perante os seus credores. No grupo dos derivados de crédito, os CDS constituem um dos instrumentos com maior peso, e cujo papel se revelou extremamente importante no desenrolar da crise de subprime ocorrida nos anos 2007 e 2008, e posterior crise de dívida soberana iniciada em 2009.
Na prática, os CDS funcionam como contratos de seguro de crédito, transacionado entre duas partes para trocar risco de crédito subjacente às obrigações de uma terceira parte (a entidade de referência). Neste contrato, é assegurado ao comprador o pagamento de uma compensação por parte do vendedor do contrato caso se verifique um default por parte do emitente do ativo subjacente, havendo portanto uma transferência de risco do comprador para o vendedor. Desta forma, quanto mais elevado é o risco de incumprimento por parte da entidade emissora das obrigações, mais elevado será o preço dos CDS para essa entidade.
Os CDS são particularmente utilizados para cobertura de risco em obrigações de elevado risco e, por isso com características especulativas. Nos últimos anos, e devido ao eclodir da crise das dívidas soberanas os CDS têm sido também muito utilizados pelos investidores para cobertura de risco associado a títulos da dívida pública. Muitas vezes, os CDS são adquiridos por especuladores que não possuem os ativos subjacentes, detendo-os na expetativa de incumprimento dos emissores das obrigações – quanto maior a probabilidade de incumprimento, maior o valor do CDS que, como referido, funciona como garantia contra o incumprimento.