O que é a Liquidez do Banco Central
A Liquidez do Banco Central refere-se à capacidade que determinado banco central tem para conceder moeda (isto é, liquidez) ao sistema financeiro através do recurso operações de mercado aberto (conhecidas pela expressão inglesa open market), concedendo ou absorvendo moeda, de forma a assim influenciar a quantidade de moeda em circulação e, consequentemente, as taxas de juro e a inflação.
Através da fixação de taxas de juro ou dos montantes de cedência de liquidez ao mercado ou ainda através do estabelecimento de reservas mínimas para os bancos comerciais, o banco central altera as condições do mercado monetário, influenciando as taxas de juro praticadas quer no curto, quer no longo prazo. Por exemplo, se o banco central baixar as taxas de juro de cedência de liquidez, tal leva a uma maior procura de moeda e, por esse motivo, a um aumento da quantidade de moeda (ou liquidez) no mercado; existindo maior quantidade de moeda, tal levará a uma quebra das taxas de juro praticadas no mercado monetário.
As formas de cedência (ou absorção) de liquidez utilizadas pelos bancos centrais são várias, nomeadamente: (i) as operações reversíveis de compra ou de venda de ativos, em que as partes acordam a reversão da operação numa data futura; (ii) os empréstimos do banco central aos bancos comerciais com ou sem penhora de ativos; (iii) realização de depósitos a prazo pelos bancos comerciais no banco central; (iv) operações de compra e venda de obrigações ou outros títulos de dívida emitidos pelo banco central; (iv) operações de cedência de empréstimos ou de aceitação de depósitos no mercado inter-bancário overnight; (vi) realização de swaps cambiais, os quais consistem na realização simultânea de compra (ou venda) à vista e venda (ou compra) a prazo, numa data fixa, de uma moeda estrangeira contra a moeda do banco central.
References:
Drehmann, M. & Nikolaou, K. 2009. Funding Liquidity Risk, definition and measurement. Working paper Nº 1024, March 2009, European Central Bank.