Milton Friedman (Economista)

Biografia de Milton Friedman: Milton Friedman, economista norte-americano nascido em 1912, galardoado com o Prémio Nobel em 1976, é geralmente…

Quem foi Milton Friedman

Milton Friedman, economista norte-americano nascido em 1912, galardoado com o Prémio Nobel da Economia em 1976, é geralmente considerado como o mais influente economista do séc. XX logo após Keynes.

Milton Fiedman

(1912-2006)

Milton Friedman

 Dados Biográficos

  • Nome completo: Milton Fiedman
  • Nascimento: 03 de julho de 1912 (Brooklyn, Estados Unidos)
  • Morte: 16 de novembro de 2006 ( São Francisco, Estados Unidos)
  • Nacionalidade: Norte-americana

 Cargos, Funções, Actividades Profissionais

  • Áreas em que se distinguiu: Economia e Estatística
  • Profissão: Professor universitário e autor de diversos livros
  • Instituições em que trabalhou: Universidade Columbia (Ph.D.), 1946, Universidade de Chicago (M.A.), 1933, Universidade Rutgers (B.A.), 1932
  • Prémios e distinções: Medalha John Bates Clark (1951), Prémio Nobel da Economia (1976), Medalha Presidencial da Liberdade (1988), Medalha Nacional de Ciências (1988)

Tabela Cronológica

1912 1932 1936 1946 1976 1977 1980 2006
Nascimento Forma-se em Economia Inicia Trabalhos para o Governo Ingressa na Universidade de Chicago Recebe o Prémio Nobel da Economia Deixa a Universidade de Chicago Trabalha como Conselheiro de Reagan Falecimento

Biografia de Milton Friedman

Milton Friedman nasceu em Brooklyn, Nova Iorque, no seio de uma família de imigrantes judeus, provenientes de Beregszász, Reino da Hungria (atual Berehove, na Ucrânia). Em 1928, pouco antes de completar os 16 anos, termina os estudos secundários no Colégio Rahway e em 1932 forma-se na Universidade Rutgers, onde se especializou em matemática e economia. Logo após a conclusão do curso, ingressa na Universidade de Chicago onde, em 1933, recebe o título de mestre em economia. No ano seguinte recebe uma bolsa de estudos da Universidade de Colúmbia onde estudou estatística com o estatístico e economista Harold Hotelling. Em 1935 volta à Universidade de Chicago, onde trabalha como investigador assistente de Henry Schultz. Devido a dificuldades em conseguir continuar com o seu trabalho no mundo académico, Milton Friedman ruma a Washington, numa altura em que estava em plena implementação o New Deal concebido por Keynes e que constituiu uma verdadeira aposta de combate à Grande Depressão pela administração de Franklin D. Roosevelt. Em Washington, e ao longo de mais de 10 anos, Friedman trabalhou como economista em vários departamentos governamentais, incluindo o Departamento do Tesouro onde foi conselheiro durante o período da Segunda Guerra Mundial.

Depois do longo período em Washington, em 1946 Friedman volta a Chicago para lecionar Economia na Universidade. Além de professor na Universidade de Chicago durante mais de três décadas, Friedman foi colunista da revista semanal Newsweek e membro do Departamento Nacional de Pesquisas Económicas (EEUU). Foi também conselheiro dos presidentes dos Estados Unidos Richard Nixon, Gerald Ford e Ronald Reagan e também da primeira-ministra britânica Margaret Thatcher. Teve ainda uma passagem pelo Chile, onde muitas das suas ideias liberais foram implementadas durante o regime de Pinochet, o que originou muitas críticas e acusações de que estaria ligado ao regime ditatorial deste país.

Em 1977, na altura com 65 anos de idade, Friedman deixa a Universidade de Chicago e muda-se com a esposa para São Francisco. Aí colabora como académico convidado da Federal Reserve de São Francisco e com a Instituição Hoover na Universidade de Stanford. Nesse mesmo ano é convidado a criar uma série de televisão sobre economia, projeto que desenvolve com a esposa ao longo de três anos.

Nos anos de 1980 Friedman colabora como conselheiro não oficial com Ronald Reagan durante sua campanha presidencial de 1980, e depois serve no Conselho Consultivo de Política Económica da Presidência da administração Reagan. Pelos seus serviços ao Estado, em 1988 recebe a Medalha Nacional de Ciências e a Medalha Presidencial da Liberdade.

Morre em 2006 com 94 anos de idade, após uma vida longa e extremamente frutuosa.

Contributos para a Ciência Económica

Fundador da “Escola de Chicago”, principal defensora das teses monetaristas, Friedman foi um dos grandes inspiradores das novas correntes liberais na ciência económica e defendia que o próprio mercado tinha capacidade para se ajustar e para assegurar uma natural estabilidade. O seu principal trabalho foi dedicado ao desenvolvimento da teoria quantitativa da moeda, razão apontada pela Academia Sueca para a atribuição do Prémio Nobel da Economia em 1976. Friedman foi também um grande crítico das políticas governamentais keynesianas, defendendo alternativamente políticas baseadas na oferta monetária e que ficaram conhecidas como monetarismo.

Ao longo da sua extensa carreira publicou dezenas de livros e artigos, dos quais se destacam “A Theory of the Consumption Function [Uma Teoria da Função do Consumo]”; “The Optimum Quantity of Money and Other Essays [A Melhor Quantidade de Dinheiro e Outros Ensaios]”; “A Monetary History of the United States [Uma História Monetária dos Estados Unidos]”; “Monetary Statistics of the United States [Estatísticas Monetárias dos Estados Unidos]” e “Monetary Trends in the United States and the United Kingdom [Tendências Monetárias nos Estados Unidos e no Reino Unido]”. Os três útlimos escritos em co-autoria com A. J. Schwartz.

Não há almoços grátis

Geralmente associado à polémica frase “Não há almoço grátis”, Friedman  afirmou mais tarde que não a inventou, apesar de tê-la escrito numa colectânea de artigos na revista Newsweek. “Prefiro uma que eu realmente inventei e que acho que é particularmente apropriada a esta cidade [Washington]: ‘Ninguém gasta melhor o dinheiro de outra pessoa como gasta o seu próprio'”, afirmou em certa altura.

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