A Água-tinta, é uma técnica artística que permite a obtenção de superfícies regulares de meios-tons e texturas, isto é, diversos tons na gravura em metal.
A gravura em metal começou a ser utilizada na Europa no século XV, com as novas necessidades na realização de imagens impressas motivaram a procura de técnicas que permitissem um trabalho gráfico de alta qualidade da imagem impressa, além de resistência às grandes tiragens e edições.
Representação da técnica de gravura em metal para a “Encyclopédie” de Diderot, gravura em metal, 1760
As matrizes da gravura em metal, podem ser feitas a partir de placas de cobre, zinco, alumínio ou latão. Estas são gravadas com incisão directa ou pelo uso de banhos de ácido. Água-forte, água-tinta, ponta seca são as técnicas mais usuais. A matriz recebe a tinta e uma prensa é utilizada para transferir a imagem para o papel.
A Gravura com água-tinta é realizada com uma fina camada de breu aquecida sobre a superfície da placa cujas diferentes áreas, recebem tempos diferenciados de gravação.
Os materiais básicos utilizados na água-tinta são os seguintes: Breu em pó, goma-laca e o percloreto de ferro. O breu é uma resina de árvore que tem a finalidade de granular a placa para a obtenção da água-tinta. A goma-laca é o produto indicado para a protecção das áreas que não se deseja a corrosão. O percloreto de ferro é o produto utilizado para a corrosão das áreas da placa.
A técnica da água-tinta geralmente é utilizada com outras técnicas de gravura em metal, como por exemplo, a água-forte. Neste caso, o gravador começa com a execução da água-forte e depois leva a placa à caixa de breu e aplica a água-tinta. Diferente da água-forte onde os tons são conseguidos pelo cruzamento de linhas, na água-tinta, o claro-escuro é obtido pelos diferentes tempos de corrosão da placa sobre uma camada de breu em pó que se adere à mesma após aquecimento.
A descoberta das qualidades e utilizações na gravura em metal, é atribuída a Jean Baptista Le Prince por volta de 1768.
Esta técnica, na História da arte tem como grandes mestres: Albrecht Dürer, Edgar Degas, Camille Pissarro, Goya, Chagall, Mason, Pablo Picasso, Paula Rego, entre outros.
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