Conceito
Requiem é o nome dado, na Igreja Católica, à Missa dos Defuntos (Missa pro defunctis), de acordo com a primeira palavra do seu intróito, Requiem aeternam (descanso eterno). O texto da missa segue os preceitos habituais, com a excepção do Gloria e do Credo, que são suprimidos, e com a adição do Dies Irae (O Dia da Ira).
Estrutura e exemplos
O requiem surgiu, primeiro, de forma mais simples, e evidentemente associado à liturgia, mas evoluiu ao longo da história para versões mais elaboradas, mais adequadas a execuções concertísticas do que a fins litúrgicos, pelas mãos de Verdi e Berlioz, por exemplo. Palestrina, Mozart (ainda que incompleto) e Dvořák são exemplos de outros compositores que transportaram este género litúrgico para concerto.
A estrutura clássica do texto nas versões mais elaboradas é, geralmente, a seguinte:
- Requiem aeternam; Kyrie eleison.
- Dies Irae (O Dia da Ira): Tuba mirum; Liber scriptus; Quid sum miser; Rex tremendae; Recordare; Ingemisco; Confutatis; Lacrimosa.
- Domine Jesu Christe (Senhor Jesus Cristo).
- Sanctus (Santo).
- Agnus Dei (Cordeiro de Deus).
- Lux aeterna (Luz eterna).
- Libera me (Libertai-me).
Não existe uma obrigatoriedade de utilização desta estrutura, da mesma forma que o latim também não é a única língua passível de ser utilizada num requiem.
Brahms, por exemplo, em «Ein Deutsches Requiem» utiliza textos da biblia alemã. Hindemith fez uma montagem do poema de Whitman «When Lilacs Last in the Dooryard Bloom’d» que apresenta características de um requiem. O «War Requiem» de Britten utiliza a missa latina entremeada com poemas de Wilfred Owen.
References:
Kennedy, M. (1994). Dicionário Oxford de Música. Publicações Dom Quixote.