Conceito
A palavra concerto designa uma obra na qual o instrumento solista, ou um pequeno grupo de instrumentos solistas, surge ligado e em contraste com a orquestra. Regra geral, é constituído por três andamentos, sendo o segundo mais lento. Existem, no entanto, variadas excepções.
O termo também empregado para nomear um espectáculo musical, de qualquer formato ou género.
Desenvolvimento do concerto
A primeira publicação que utilizou o nome “concerto” foi a edição dos «Concerti di Andrea et di Gio. Gabrieli», do compositor veneziano do século XVI, Andrea Gabrieli. Os «Cento Concerti ecclesiastici» de Viadana, compostos no ano de 1590, desenvolveram-se em concertos de igreja (concerti da chiesa) e existem, ainda, os “concerti da camera” vocais do século XVII que foram adaptados como obras puramente instrumentais por Torelli. Também a partir de Torelli foi desenvolvido o concerto grosso tal como o conhecemos pelas composições de Corelli e Handel.
No entanto, o concerto para um instrumentista individual oposto a um grupo concerto foi desenvolvido por J.S. Bach nos seus concertos para cravo. Os concertos para órgão de Handel foram, também, um importante desenvolvimento, estando estes entre os primeiros a incluir uma cadência na qual o solista pode exibir a sua perícia/virtuosismo de forma improvisada. Mozart estabeleceu o estilo de concerto instrumental moderno, compondo cerca de 50 para várias combinações de instrumentos.
A partir do século XIX, estabeleceu-se uma mudança significativa na composição dos concertos: os compositores passaram a escrever eles próprios as cadências e, por vezes, acompanhavam-nas com a orquestra. Deste modo, os concertos desenvolveram-se de acordo com o aumento do virtuosismo dos intérpretes.
References:
Kennedy, M. (1994). Dicionário Oxford de Música. Publicações Dom Quixote.