Conceito
O termo armação de clave diz respeito ao conjunto de acidentes (bemóis e sustenidos) escritos no início de cada pauta, ao lado da clave, que indicam a tonalidade da obra em causa. A utilização desta armação dispensa a necessidade de escrever os acidentes nas notas afectadas ao longo da composição, a não ser que, entretanto, surja uma indicação contrária, nomeadamente, um bequadro (um sinal de natural).
As tonalidades de dó maior e lá menor (a respectiva relativa menor) não requerem armação de clave. Os sustenidos ordenam-se em quintas ascendentes e os bemóis em quintas descendentes. Neste sentido, a ordem é a seguinte:
Sustenidos – fá, dó, sol, ré, lá, mi, si – Bemóis
Armação de clave a tonalidade
A armação de clave é apenas um recurso de notação musical, especialmente conveniente no caso da música tonal. As obras podem mudar de tonalidade (modulação), inserindo novas armações na pauta a partir do momento que usam outros acidentes: bequadros, outros sustenidos e bemóis. Outros factores, além desta armação, podem também determinar a tonalidade da obra.
Notar ainda que duas tonalidades podem partilhar a mesma armação. Estas tomam o nome de tonalidades relativas.
Construção da armação de clave
Para construir a armação de clave com sustenidos deve seguir-se a ordem dos sustenidos até ao meio-tom abaixo da escala escolhido. Por exemplo, para a escala de Mi maior temos: fá#, dó#, sol#, ré#. Logo, os acidentes resultantes são em fá, dó, sol e ré.
Já com os bemóis deve seguir-se a ordem até ao bemol posterior àquele que tem o nome da escala escolhida. Por exemplo, para lá bemol maior temos: sib, mib, láb, réb. Logo, os acidentes resultantes são em si, mi, lá e ré.
Esta técnica só não é aplicável à escala de fá maior, que tem apenas um bemol, pelo que armação de clave para fá maior (sib) deve ser memorizada.
References:
Kennedy, M. (1994). Dicionário Oxford de Música. Publicações Dom Quixote.