Quem é Valter Hugo Mãe?
O termo Valter Hugo Mãe refere-se ao nome artístico do escritor angolano Valter Hugo Lemos. Além de publicar histórias, contos e romances, Valter também é editor, artista plástico, apresentador de televisão e cantor.
Biografia
Nascido a 25 de setembro de 1971, em Henrique de Carvalho, na Angola, Valter Hugo Mãe vive hoje em Portugal. Desde os anos 1980, mora em Vila do Conde, cidade ao norte do país. Licenciado em literatura portuguesa moderna, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o escritor é famoso mundialmente.
Em 1999, a paixão pela área da escrita levou Valter Hugo Mãe a participar da fundação da Quase Edições, onde foram publicadas obras de artistas como Mário Soares, Caetano Veloso e Adriana Calcanhoto. Também co-dirigiu a revista Apeadeiro, de 2001 a 2004 e em 2006 funda a editora Objecto Cardíaco.
Atingiu o maior reconhecimento público em 2007, com o Prémio Literário José Saramago. Na cerimónia de entrega, o próprio José Saramago considerou o romance o remorso de baltazar serapião um verdadeiro tsunami literário: “Por vezes, tive a sensação de assistir a um novo parto da língua portuguesa”.
Escrita em minúsculas
Valter Hugo Mãe publicou seus primeiros romances escritos integralmente sem letras maiúsculas. Por isso, as quatro obras são conhecidas como a tetralogia das minúsculas. Nos escritos, inclusive o seu nome está sem letras capitais.
Segundo o autor, o objetivo era chamar a atenção para a natureza oral dos textos e recondução da literatura à liberdade primeira do pensamento. As minúsculas aludem também a uma utopia de igualdade. Uma democracia, como ele denomina, a que equiparava as palavras na sua grafia para deixar ao leitor definir o que devia ou não ser acentuado.
Principais romances e contos
- o nosso reino – 2004
- o remorso de baltazar serapião – 2006, com prefácio de José Saramago
- o apocalipse dos trabalhadores – 2008
- a máquina de fazer espanhóis – 2010
- O Filho de Mil Homens – 2011, com prefácio de Alberto Manguel
- A Desumanização – 2013
- Contos de Cães e Maus Lobos – 2015, com prefácio de Mia Couto
- Homens Imprudentemente Poéticos – 2016
