Nome | Tio Patinhas |
Original | Scrooge McDuck |
Outros Nomes | Patinhas McPato |
Nascimento | 1867 |
Naturalidade | Escócia |
Características | Multimilionário, sovina |
Ocupação | Empresário, Aventureiro |
Amigo (s) /Família | Pato Donald, Huguinho, Zezinho, Luisinho, Boing, Pardal, Abigail, |
Inimigos | Maga Patalójika, Irmão e Avô Metralhas, McMoney, Patacôncio |
Criador | Carl Banks |
Árvore Genealógica do Tio Patinhas
O Tio Patinhas é uma personagem fictícia, criada por Carl Banks, e surgiu nas histórias de banda desenhada primeiro em 1947 em Natal nas montanhas.
Nesta história, o Tio Patinhas foi descrito como um velho barbudo, de óculos e razoavelmente rico, que andava curvado sobre a sua bengala e vivia isolado numa “grande mansão”. Na história, o Tio Patinhas convidou o seu sobrinho Pato Donald e os sobrinhos-netos Huguinho, Zezinho e Luisinho para a sua cabana nas montanhas, planeando armar um susto e divertir-se com a desgraça dos sobrinhos.
Contudo, uma figura de um pato escocês já havia sido usada pela Disney num desenhado chamado O Espírito de 1943, uma propaganda americana de guerra, e por isso é um filme banido comercialmente. Nesta ocasião este pato fazia parte da consciência do Pato Donald, a parte poupadora, que conflitava com a parte gastadora que era parecida com um futuro personagem, o seu primo Gastão, que foi criado na mesma época do Tio Patinhas.
O criador Carl Barks mais tarde relatou: “Natal nas Montanhas” foi apenas a minha primeira ideia para se criar um tio velho e rico. Eu fi-lo muito velho e muito fraco. Descobri mais tarde que tinha que torná-lo mais ativo. Não poderia deixar um velho comum fazer as coisas que eu queria que fizesse”.
Contudo, o objetivo de Banks era que Tio Patinhas não tivesse mais aparições, contudo, logo decidiu que poderia aproveitar o personagem noutras histórias. Barks acabou por retocar a aparência e a personalidade de Tio Patinhas nos anos seguintes. Na sua segunda história, “O Segredo do Castelo”, Patinhas recrutou os seus sobrinhos para procurarem um tesouro perdido na casa da família McPatinhas na Escócia. Pouco tempo depois, ainda no ano de 1948 surge o bordão “O Pato mais rico do mundo”.
Carl Banks gostou tanto do personagem que enriqueceu-o muito. Começou a criar um passado para o personagem, onde ele era miserável, e partiu para os Estados Unidos da América à procura da fortuna, tendo passado por vários lugares para a alcançar, como Klondike, o Texas Americano, África, Austrália e outros lugares, onde desenvolveu a sua personalidade atual. Também, foi nestas aventuras que ele começou a criar alguns dos rivais, como por exemplo McMoney, um trapaceiro que conheceu em África, os ascendentes dos metralhas (Avô Metralha), o pai de Patacôncio, que era um grande amigo seu. Patinhas tem grande gosto pela sua primeira moeda que, alguns pensam ser um amuleto, mas na verdade é um lembrete do que precisas de trabalhar para alcançar o sucesso. Ele ganhou-a no seu primeiro trabalho de engraxar sapatos, e foi uma moeda americana. Na altura ele sentiu-se enganado por ter sido pago por uma moeda americana, mas depois ele passou a encarar isso como um sinal, partindo para descobri-la.
Além de Carl Banks outros personagens foram importantes no desenvolvimento do personagem como por exemplo Romano Scarpa, que adicionou por exemplo Brigite, uma eterna apaixonada por Patinhas, Peninha, e Patacôncio, e o escritor Don Rosa e Marco Rota.
Muitas das bandas desenhadas europeias baseados no Universo da Disney criaram a sua própria versão do Tio Patinhas, geralmente envolvendo-o em aventuras de comédia. Isto é particularmente verdadeiro para os quadrinhos italianos, que foram muito populares nas décadas de 1960 e 1980 na maioria das partes da Europa continental ocidental. Nestes, Patinhas é principalmente um anti-herói que arrasta seus sobrinhos os quais sofrem muito tempo durante as caças ao tesouro ou em seus negócios. Donald é um participante relutante nessas viagens, apenas concordando em acompanhar quando seu tio lembra-lhe de suas dívidas que lhe deve, ameaçando-o com uma bengala ou um golpe. Quando promete a Donald uma parte do tesouro, Patinhas, no final da aventura, nega ao sobrinho sua parte, mantendo tudo para si mesmo. Depois que Donald e os meninos arriscam a vida – algo pelo qual Patinhas mostra pouca preocupação – ele tende a acabar sem nada.
Em 1987 a série Ducktales uma série de animação baseado nas histórias de Carl Barks onde Alan Yong dobrou o personagem e Patinhas torna-se o guardião de Huguinho, Zezinho e Luisinho quando o Donald se alista na Marinha. A série, estreou num especial de mais de duas horas em 18 de setembro de 1987, enquanto os episódios regulares começaram três dias depois. O personagem Patinhas de DuckTales é consideravelmente mais gentil diferente da maioria das suas aparições anteriores; sua crueldade é reduzida e sua personalidade, muitas vezes abrasiva, é reduzida em muitos episódios para um velho tio sovina, porém adorável. A série foi remasterizada em 2017 com David Tennant a fazer de Tio Patinhas. Esta série indica que Patinhas anteriormente se aventurou com seu sobrinho Donald e sua sobrinha Dumbela, mas um evento dez anos antes do início da série, resultou em brigas entre Patinhas e Donald. Patinhas parece ter uma atitude bastante negativa sobre a família, como resultado, e inicialmente não está interessado em passar tempo com os meninos até que eles o ajudem em algumas aventuras.
Keno Don Hugo Rosa escreveu e desenhou “The Life and Times of Scrooge McDuck”, (A Saga do Tio Patinhas) uma história completa em doze capítulos que narra a trajetória do personagem e ganhou um Prêmio Eisner em 1995. A contrário da maioria de outros escritores Disney, Don Rosa considerou o Tio Patinhas como um personagem histórico cujas aventuras ocorreram nos anos cinquenta e sessenta e terminou (em sua morte) em 1967, quando Barks se aposentou. Ele considerou apenas as histórias de Barks canônicas, e elaborou uma linha de tempo, bem como uma árvore genealógica com base nas histórias de Barks. As edições posteriores incluíram capítulos adicionais. Sob Rosa, Patinhas tornou-se mais ético; enquanto ele nunca engana, explora implacavelmente quaisquer lacunas. Ele deve sua fortuna ao seu trabalho árduo e sua Caixa-Forte é “cheia de lembranças”, uma vez que cada moeda representa algum momento de sua vida.
Caracterização do Personagem
Riqueza
Tio Patinhas é considerado o pato mais rico do mundo. Ele mantém grande parte de sua riqueza em uma enorme Caixa-Forte na cidade de Patópolis. Contudo, ele possui muito mais em bancos e propriedades espalhados em todo o mundo. Nos quadrinhos, a fortuna de Patinhas é estimada em números absurdos, especialmente “quaquilhões”. As empresas em sua posse são tantas que Patinhas ocasionalmente não consegue lembrar de todas.
Um homem de negócios perspicaz e notável, seu passatempo favorito é mergulhar e nadar em seu dinheiro, sem lhe causar prejuízo. Ele também é o membro mais rico do Clube dos Milionários de Patópolis, uma sociedade que inclui os empresários mais bem sucedidos do mundo e permite que eles mantenham contato entre si. Mac Mônei e Patacôncio também são membros influentes do Clube. Sua posse mais famosa e apreciada é a Moedinha Número Um.
A revista Forbes ocasionalmente tentou estimar a riqueza de Patinhas em termos reais. Em 2007, a revista estimou sua riqueza em US $ 28,8 bilhões; em 2011, subiu para US $ 44,1 bilhões devido ao aumento dos preços do ouro.Um facto interessante é que na grande maioria das vezes, Patinhas consegue obter lucros com qualquer negócio.
Educação
Patinhas nunca terminou a escola. No entanto, ele tem uma mente aguda e está sempre pronto para aprender novas habilidades. Por causa da sua ocupação secundária como caçador de tesouros, Patinhas tornou-se um erudito arqueólogo amador. Começando com Barks, vários escritores explicaram como Patinhas se tornou consciente dos tesouros que decidiu procurar. Isso geralmente envolve períodos de pesquisa que consultam várias fontes escritas em busca de passagens que podem levá-lo a um tesouro. Muitas vezes, Patinhas decide procurar a verdade possível por trás de lendas antigas ou descobre referências obscuras às atividades de antigos conquistadores, exploradores e líderes militares que considera bastante interessantes para começar uma nova expedição.
Como resultado de sua pesquisa, Patinhas construiu uma extensa biblioteca pessoal, que inclui muitos livros raros. Nas histórias de Barks e Rosa, entre as peças premiadas desta biblioteca está uma coleção quase completa de registos navais espanhóis e holandeses dos séculos XVI e XVII. As suas referências aos destinos de outros navios muitas vezes permitiram que Patinhas localizasse navios afundados e recuperasse seus tesouros de suas covas aquosas. Principalmente por ser autodidata, Patinhas é um firme crente no ditado “conhecimento é poder”. Ele também é um linguista e empresário realizado, tendo aprendido a falar várias línguas diferentes durante suas viagens de negócios ao redor do mundo, vendendo refrigeradores para esquimós, fabricantes de moinhos de vento para os Países Baixos, etc.
Moralidade e crenças
Como homem de negócios e caçador de tesouros, Patinhas é notável pela sua necessidade de criar novos objetivos e enfrentar novos desafios. Conforme o personagem criado por Barks, para Patinhas “sempre há um novo arco-íris.” A frase foi usada como título de um dos quadros mais conhecidos de Barks retratando Patinhas. Os períodos de inatividade entre aventuras e a falta de desafios sérios tendem a deprimir Patinhas de vez em quando; algumas histórias descrevem esta fase como tendo efeitos negativos em sua saúde.
Nas histórias do roteirista Guido Martina e ocasionalmente nas de outros, Patinhas tem um cinismo notável, especialmente quanto a idéias de moralidade nos negócios e à busca de seus objetivos. Estes traços de caráter se afastam do conceito original criado por Barks, mas têm sido aceitos como uma interpretação válida da maneira de pensar de Patinhas. Nas versões holandesas e italianas, ele regularmente obriga Donald e seus sobrinhos a polir as moedas uma a uma para receber as dívidas de Donald; Patinhas não pagará muito por esse trabalho longo, tedioso e inovador. No que diz respeito a ele, até 5 centavos por hora são despesas demais.
Entretanto, Patinhas parece ter um sentido pessoal de honestidade que lhe assegura um certo autocontrole. Como consequência, pode com frequência ser visto mudando seu curso de ação quando dividido entre uma perseguição sem escrúpulos de seu objetivo real e usar as táticas que considera mais honestas. Por vezes, pode sacrificar seu objetivo para permanecer dentro dos limites de seu sentido de honestidade. Diversos fãs do personagem consideram que essas interpretações de Patinhas acrescentam profundidade à sua personalidade: baseado nas decisões que faz, Patinhas pode ser o herói ou bandido nas suas histórias. Este é um traço em comum com seu sobrinho Pato Donald. O sentido de honestidade Patinhas também o torna diferente de seu rival MacMoney, que não conhece tais entraves nas suas próprias ações. Durante a série de desenhos animados DuckTales, às vezes ele seria ouvido dizendo a Mac Money: “És um trapaceiro, e os trapaceiros nunca prosperam!”
Patinhas tem um temperamento explosivo e raramente hesita em usar de violência contra quem provoca sua ira (muitas vezes, o seu sobrinho Donald, mas também cobradores de impostos, bem como vendedores porta-a-porta); entretanto, parece se opor ao uso de força letal. Às vezes até poupou as vidas dos inimigos que tinham ameaçado sua própria vida. De acordo com a própria explicação de Patinhas, fez aquilo (não “matar) para não carregar sentimento de culpa sobre suas mortes, mas geralmente não espera nenhuma gratidão deles.
Carl Barks deu a Patinhas uma ética definitiva consoante com a era em que construiu sua fortuna. É óbvio que a criação de Barks é avessa à desonestidade na busca do dinheiro. O Patinhas de Don Rosa é uma caricatura do original de Barks, mostrando muito mais frequentemente a raiva, a malícia e a violência em resposta às situações. Quando os produtores dos estúdios Disney contemplaram pela primeira vez fazer um desenho animado de Patinhas nos anos 50, os diretores não tiveram nenhuma compreensão do caráter de Patinhas McPatinhas: simplesmente o viram como uma versão de Ebenezer Scrooge, um personagem pouco simpático. No fim, arquivaram a idéia porque um pato que só era louco por dinheiro não era engraçado o bastante. Muitos dos quadrinhos europeus de Patinhas também tenderam à comédia.
Personalidade
Tio Patinhas é um personagem muito mal interpretado. Na sua juventude, ele era muito gentil e educado. Mas as “bofetadas” que sofreu durante a vida da sociedade, especialmente de pessoas cruéis, bem como o ajudaram a superar os seus problemas, mas também o fizeram dele um homem cruel, egoísta e poderoso. Sentindo que tinha sido aproveitado, Patinhas não queria acreditar que os outros tivessem problemas ou dificuldades reais nas suas vidas. Isso o fez parecer desagradável, na melhor das hipóteses, e cruel, na pior das hipóteses. Como resultado, ninguém conseguiu entender os seus problemas, incluindo os sobrinhos. Esse isolamento abriu caminho para adquirir sua riqueza e poder incontáveis. Mas apesar de tudo, ele ainda possui um bom coração e sempre ajuda aqueles que vê como necessitados ou em perigo.
A idade de Tio Patinhas
A idade do Tio Patinhas nunca foi especificada, embora, de acordo com Don Rosa,ele nasceu na Escócia em 1867 e ganhou sua Moedinha Número Um, exatamente dez anos depois. Os episódios de DuckTales (e em muitos quadrinhos europeus) mostram um Patinhas que veio da Escócia no século XIX, mas estava claramente familiarizado com todas as tecnologias e amenidades da década de 1980.
Apesar desta idade extremamente avançada, Patinhas mostra-se vigoroso o suficiente para manter seus sobrinhos nas aventuras; com uma ou outra rara exceção e parece nunca sentir sinais de cansaço.
Nasceu em 1867 em Glasgow. Barks diz que Patinhas parece ser o renascimento do Capitão P.A. Tinhas (Matey McDuck, futuramente Malcolm McDuck). Tio Patinhas ganhou a sua primeira moeda de 10 centavos (a famosa Moedinha Número 1) quando tinha 10 anos de idade, em 1877. Essa que viria a se tornar seu precioso amuleto da sorte. Três anos depois (1880), ele partiu para a América. Depois de muitas aventuras finalmente chegou no Klondike, em 1898. Lá ele acha uma pedra dourada, do tamanho de um ovo de gansa. Em 1902 chega a Patópolis.