Ilíada é um dos mais importantes e principais poemas épicos da Antiguidade Grega. Atribuído ao poeta Homero, narra um período de cinquenta dias do décimo e último ano da Guerra de Troia. O poema tem como gênese a ira de Aquiles. O nome “Ilíada” vem “Ílion”, que era uma outra maneira de chamar a cidade de Troia.
O poema Ilíada constitui-se por quinze mil, seiscentos e noventa e três versos, cuja métrica é em hexâmetro datílico, tradicional métrica da poesia épica grega. Originalmente o poema foi escrito em uma língua supostamente artificial, uma mistura de dialetos da época, que jamais foi falada na Grécia.
Inicialmente, a composição atribuída a Homero foi cantada pelos artistas que cantavam as epopeias. Eram chamados de aedos, os bardos gregos da Antiguidade Clássica. Somente mais tarde a Ilíada recebeu uma versão escrita, acredita-se que no século VI a.C. O texto foi dividido em vinte e quatro cantos, divisão clássica e que segue até a contemporaneidade. Cada canto é correspondente a uma letra do alfabeto grego.
A Ilíada é considerada a primeira obra escrita da literatura do Ocidente. Junto à Odisseia, transformou-se nas mais importantes obras épicas da literatura mundial. Além disso, foi uma referência enquanto modelo de poema épico. Autores como Virgílio, com o poema Eneida, inspiraram-se nela a fim de criar suas epopeias.
A primeira obra de Homero também foi responsável por influenciar fortemente outros aspectos da cultura clássica. Não só a literatura foi desenvolvida a partir da Ilíada. Áreas de estudo como a historiografia e a filosofia também se conectaram com os temas, a linguagem e a estrutura dos versos de Homero. A Ilíada era parte da educação básica da Grécia Antiga e do Império Romano.
Ilíada e a Guerra de Troia
A Guerra de Troia teria durado dez anos. A Ilíada ocupa-se em registrar apenas cinquenta dias do último ano e tem como temática principal a ira do herói Aquiles. A narrativa se inicia com a disputa entre Aquiles e Agamemnon, líder dos exércitos gregos, e finaliza com a batalha entre o herói e o príncipe troiano Heitor, a morte de Heitor e seu funeral.
A história da Guerra de Troia não é contada por Homero em sua integralidade. É importante que o leitor tenha um bom conhecimento prévio da mitologia grega que envolve o conflito para que entenda o que acontece na trama.
A Guerra de Troia inicia-se com um casamento. Todas as deusas e deuses foram convidados para o matrimônio dos pais de Aquiles, menos a deusa da discórdia, Éris. Irritada, ela adentrou o casamento e colocou uma maçã entre as deusas, com a inscrição: “Para a mais bela”. Hera, Atena e Afrodite alegaram ser as donas da maçã. Zeus foi convidado a decidir quem era a mais bela, mas sem querer se indispor com elas, colocou a decisão nas mãos de Páris, um jovem troiano que era criado por um pastor naquela época.
As três deusas despiram-se para Páris, mas ele não foi capaz de decidir. Elas recorreram a subornos. Afrodite ofereceu o amor da mulher mais bela do mundo; Atena ofereceu vitória, fama e sabedoria em todas as batalhas; Hera ofereceu o controle e comando de toda Ásia e Europa. Páris escolheu Afrodite, que lhe concedeu Helena, esposa do espartano Menelau. Isso iniciou a Guerra de Troia, e durante o conflito Hera ficou ao lado dos gregos, por raiva de Páris.
Personagens principais
Aqueus
Os gregos, na época, não se chamavam assim. Eles eram uma junção de variados povos que se denominava como aqueus.
Troianos e aliados
- Heitor
- Príamo
- Páris:
- Eneias
- Helena
- Andrómaca
- Briseida
Deuses
Os deuses se envolveram na batalha e escolheram lados. Zeus e Hades, no entanto, mantiveram-se neutros.
Ficaram do lado dos aqueus:
Ficaram do lado dos troianos:
References:
https://www.britannica.com/biography/Homer-Greek-poet#ref11600
