Garrett, Almeida

Nome João Batista da Silva Leitão de Almeida Garrett
Nascimento 4 de Fevereiro de 1799, Porto
Morte 9 de Dezembro de 1954 (55 Anos), Lisboa
Ocupação  Escritor, Dramaturgo, Poeta e Politíco
Cônjuge Luísa  Cândida Midosi (11 Dezembro 1822-1836);
Descendência Maria Adelaide
Principais Obras Camões, Viagens na Minha Terra, As Profecias do Bandarra, Frei Luís de Sousa, Folhas Caídas
Contribuições Panteão Nacional, Teatro Dona Maria II
 

João Leitão Da Silva, conhecido como Almeida Garrett refere-se a

Almeida Garrett

um dos maiores personagens portugueses do Século XIX. Nascido em 1799 na Cidade do Porto, na antiga Rua do Calvário, n.ºs 18, 19 e 20 (actual Rua Dr. Barbosa de Castro, n.ºs 37, 39 e 41), era filho segundo de António Bernardo da Silva, selador mor da Alfândega do Porto e Ana Augusta d´Almeida Leitão. Ainda em menino alterou o seu nome e acrescentou Baptista do seu padrinho, e acrescentou Bento Leitão do seu avô. O próprio disse: “nasci no Porto, mas cresci em Gaia.”. Na sua adolescência parte para os Açores, Ilha Terceira, na época das invasões napoleónicas. Aqui, o seu tio, D.Alexandre, bispo de Angra do Heroísmo foi o seu instrutor. Em 1818, no final da sua adolescência, parte para Coimbra onde se matricula em Direito. Foi neste período que adoptou definitivamente os nomes Almeida Garrett (sendo Almeida o nome da mãe, e Garrett o nome da sua avó paterna). Doravante a sua assinautra é João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett. É com este nome, que publica em 1821 uma obra que lhe vale um processo e julgamento. Em 1821 publica o Retrato de Vénus. processado por ser materialista, imoral, e ateu, mas viria a ser absolvido das mesmas acusações.

Visto que participou na Revolução liberal de 1820, isso levou ao seu exílio em Inglaterra. Antes porém tinha casado com uma jovem senhorita, de apenas 14 anos de nome Luísa Midosi. Em Inglaterra enriquece culturalmente por tomar contacto com o movimento romântico, quer sob a forma escrita, quer sob a forma arquitectónica. Estas vivências marcariam definitivamente a sua obra posterior. Entrementes o seu casamento foi fadado ao fracasso o que levou a um divórcio. Não voltaria a casar, mas são conhecidas diversas amantes, com quem viveu ou teve casos. Dessas relações nasceu uma filha, de nome Maria Adelaide que foi a inspiração para a obra Frei Luís de Sousa.  A mãe de Maria Adelaide foi uma das suas mulheres, Adelaide Deville Pastor, que tinha apenas 17 anos quando começaram a viver juntos. Além disso, veio a ser amante de Rosa de Montúfar y Infante, uma fidalga espanhola filha do 3º Marquês de Selva Alegre, mulher de Joaquim António Velez Barreiros, 1º Barão e 1º Visconde de Nossa Senhora da Luz e por duas vezes (277º e 286º) Comandante da Ordem da Imaculada Concepção de Vila Viçosa, e Ministro e Governador de Cabo Verde, a quem celebrou no seu último e provavelmente melhor livro de poemas, Folhas Caídas.

Teatro Nacional D.Maria II

Em 1824 parte para França e é aqui que produz Camões, em 1825 e Dona Branca em 1826. Estas obras são referidas como as primeiras obras românticas portuguesas. Em 1826, retorna a Portugal e colabora com diversos jornais e revistas. Mas em 1828 com o retorno de D. Miguel teve que partir novamente para Inglaterra. Foi neste ano que perdeu uma filha recém nascida. Retornou ao país com a vitória do Liberalismo e exerce cargos políticos, quer no país quer como cônsul. Foi no período como político que empenha-se em criar o Panteão Nacional e o Teatro D.Maria II. Pouco tempo depois, por causa dos conflitos com o governo eleito de Costa Cabral afastou-se da política.

Contudo, pouco tempo depois retorna a vida ativa. Em 1852 é eleito novamente deputado, e de 4 a 17 de Agosto será ministro dos Negócios Estrangeiros. A sua última intervenção no Parlamento será em Março de 1854 em ataca o governo na pessoa de Rodrigo de Fonseca Magalhães.

Alguns meses depois, em Dezembro de 1854 viria a falecer vítima de cancro de origem hepática, na sua casa em Campo Ourique. Foi sepultado no Cemitério dos Prazeres, mas em 1903 foi transladado primeiro para o Mosteiro dos Jerónimos e depois para o Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia. Esta cerimónia aconteceu em A cerimónia ocorreu em homenagem a si e a outras ilustres figuras portuguesas, entre os dias 1 e 5 de Dezembro de 1966.

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