Alexandre Soljenitsyne foi um importante escritor russo nascido a 11 de novembro de 1918, no Cáucaso. Órfão de pai, foi a mãe quem o educou. Depois de ter estudado Matemática e Física, em Rostov, estudou Filosofia, Literatura e História na Universidade de Moscovo, período no qual descobriu a sua vocação de escritor.
Combateu durou quatro longos anos na Segunda Guerra Mundial contra o Terceiro Reich. Em 1945, por altura do findar da guerra, foi preso por ter escrito, numa missiva dirigida a um amigo, opiniões desfavoráveis sobre Estaline. Foi, então, condenado a oito anos de trabalhos forçados nos Gulag, experiência que nos relatou em primeira mão na sua obra-prima «Arquipélago Gulag» (1973).
Em 1953 foi reabilitado, mas logo recomeçariam as perseguições, sendo então expulso da URSS, não podendo voltar a publicar qualquer outra obra no seu país, e exilado na Ásia Central.
Em 1970, apesar de ter sido galardoado com o Prémio Nobel da Literatura, Soljenitsyne optou por não ir a Estocolmo recebê-lo.
Após vinte anos de exílio, Soljenitsyne voltou para a Rússia em 1994, acabando por falecer em Moscovo no dia 3 de agosto de 2008.
Fica, assim, para a História o riquíssimo legado de um dos grandes escritores universais, pois a sua obra é um sóbrio testemunho do sofrimento humano que anseia pela libertação do homem, estando nela sempre presentes os conceitos de liberdade humana, dignidade humana e justiça social.