Este artigo é patrocinado por: «A sua instituição aqui» |
A ironia é um recurso expressivo que consiste em afirmar literalmente o contrário daquilo que se pretende verdadeiramente comunicar no enunciado.
Neste sentido, e atuando ao nível da semântica, o contexto em que a ironia ocorre é determinante para que se possa apreender o verdadeiro sentido das palavras, quer se manifeste numa obra literária, quer surja no registo oral.
Apesar de a ironia permitir expor situações, ideias ou pessoas ao ridículo, pode também ter uma função didática, na medida em que, muitas vezes, incita o leitor a refletir sobre determinada situação e a alterar os seus comportamentos ou as suas maneiras de pensar. Gil Vicente, a título de exemplo, explorou bastante estas duas componentes deste recurso expressivo nos seus autos e nas suas farsas com o intuito de criticar a sociedade medieval quinhentista.
Já na linguagem oral, a sua interpretação, além do contexto, passa ainda por combinar este último com determinados movimentos gestuais ou expressões faciais.
Exemplos de ironias no registo oral:
“Fizeste um lindo serviço!”
“Com esta má que tiveste no teste, estudaste bastante!”