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Mário de Sá-Carneiro, contemporâneo de Fernando Pessoa (1888-1935), foi um dos poetas mais importantes do movimento Modernista.
Mário de Sá-Carneiro nasceu na cidade de Lisboa, no dia 19 de maio de 1890. Perdeu a mãe quando tinha apenas dois anos e a avó quando tinha 9, o que terá influenciado de forma significativa os traços da sua personalidade e a evolução infeliz da sua vida. Passou, assim, a sua infância sob os cuidados de uma ama, por quem sempre manifestou uma enorme afeição.
Depois de ter concluído o ensino secundário, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1910. Contudo, não terminou o primeiro ano, pois optou por levar uma vida boémia. Em 1912 publicou o volume de novelas «Princípio» e começou a conviver com alguns dos seus futuros companheiros do Orpheu.
Em outubro do mesmo ano partiu para Paris, onde, além de se ter matriculado na Sorbonne, dedicou-se quase exclusivamente à sua produção poética, acompanhando as correntes de vanguarda. Por esta altura, encontrava-se já mergulhado numa certa apatia e frustração.
No ano seguinte, em 1913, decidiu regressar a Portugal, retomando contacto com os outros membros do Orpheu. Redigiu, depois, a narrativa «Confissão de Lúcio» (1914), a qual cruza temas como o suicídio, o amor e a loucura. Ainda em 1914, tomou a decisão de voltar para a capital francesa, onde é atingido por uma grave crise psíquica, da qual nunca mais se libertaria. No entanto, nunca deixou de se dedicar às letras, escrevendo quase todos os poemas que formariam «Indícios de Oiro» (1937).
Deprimido, frustrado, apático, distante e sem dinheiro, Mário de Sá-Carneiro decidiu pôr termo à sua vida, em Paris, no dia 24 de abril de 1916. Tinha apenas 25 anos.