Njord é um dos principais deuses da classe dos Vanir. Njord era associado à riqueza, fertilidade, ventos e viagens marítimas. Era regularmente invocado para a abençoar as explorações marítimas e as pescas. Era conhecido por conseguir acalmar as águas assim como os fogos. Um dos antigos ditados nórdicos para pessoas abastadas era algo com um sentido semelhante a “alguém tão rico como Njord”.
Njord o deus dos mares.
Era também muito associado à deusa Nerthus. Esta seria a expressão que as tribos germânicas utilizaram para a sua contraposição feminina e isto levou a diversas teorias sobre a relação entre os dois. Njord chegou a ser visto como um deus hermafrodita, mas a versão mais popularizada é que este e Nerthus eram irmãos e tiveram dois filhos, precisamente Frey e Freya. Após a guerra entre os Vanir e os Aesir, Njord foi considerado também um membro honorário dos Aesir juntamente com os seus dois filhos.
A sua segunda mulher foi Skadi, uma gigante. No conto que relata o casamento entre ambos, o pai de Skadi é morto pelos Aesir, e esta procura que estes a restituam da sua perda. Assim foram concedidos três actos de compensação e um deles era permissão para escolher um marido de entre os deuses. No entanto ela teria de fazer essa escolha, olhando somente para os pés dos deuses. Skadi escolheu Njord por engano, pensando que os pés que via pertenciam a Baldur.
O casamento de ambos foi curto e conflituoso. Metade do tempo era passado nas terras de Skadi, em Trymheim, nas montanhas de neve, que Njord não tolerava. A outra metade era passada na casa de Njord, em Noatun, na praia, que Skadi por sua vez detestava. Como ambos não se entendiam, acabaram por se separar. Njord era um deus bastante respeitado em tempos, mas os registos históricos sobre si são escassos. Njord era tido como um dos sobreviventes do Ragnarok na poesia de Edda.