O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha é um monumento nacional português que se localiza na cidade de Coimbra, na Zona Centro de Portugal Continental, que foi construído no século XIII e cuja propriedade inicial pertencia à Ordem religiosa de São Francisco. Atualmente o edifício do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha cumpre função de museu assim como funciona como um ponto turístico de interesse a visitar na cidade de Coimbra.
O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, nome pelo qual é popularmente conhecido quer na cidade onde foi construído quer em Portugal no geral, é na verdade chamado por Convento de Santa Clara-a-Velha e é um edifício e monumento nacional português que se localiza na margem esquerda do Rio Mondego – o Rio que banha a cidade de Coimbra – mais precisamente na União de freguesias de Santa Clara e de Castelo Viegas, na cidade, sede de concelho e também distrito com o mesmo nome: Coimbra. O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha é um monumento que constitui uma representação clara do estilo gótico em Portugal, a sua construção começou a ser feita durante o século XIII e o mosteiro inscreve-se numa época de gradual influência e aceitação por parte da Ordem dos Frades Menores na Corte e na Sociedade de época em geral, no país (Portugal). O arquiteto responsável pelo projeto foi Domingo Domingues e a principal função e função inicial do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha era servir como mosteiro feminino e religioso da época. Era propriedade da Ordem religiosa portuguesa de São Francisco e nos dias de hoje, além de estar classificado como Património Nacional desde o ano e 1910 serve como museu e é propriedade do Estado Português.
A obra de construção do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha começou a ser feita em 1283, no mês de Abril, que foi quando existiu licença para a construção de um mosteiro dedicado a Santa Clara e à Santa Isabel da Hungria. As obras foram contestadas por parte dos religiosos de Santa Cruz uma vez que consideravam os recursos materiais e rendimentos muito acima do que era normal e então a obra foi contestada nesse sentido com o argumento de que D. Mor era soror professa de Santa Cruz e que por isso estava dependente de sua vontade espiritual e temporal. Houve uma segunda fundação do mosteiro, desta vez por Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal que se queria empenhar na causa do mosteiro e assim sendo, em 1316 iniciaram-se as segundas obras de construção, custeadas pela rainha e que mandou edificar junto ao mosteiro um hospital para trinta pobres, com cemitério e capela, além do Paço que a recolheu quando ficou viúva. As obras estiveram a cargo do arquiteto Domingos Domingues que também trabalhou no Mosteiro de Alcobaça. No ano de 1325 o arquiteto faleceu e foi substituído pelo mestre Estêvão Domingues, que concluiu as obras a mando da Rainha de Portugal e que entre 1326 e 1327 construiu os claustros do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha.
A construção inicial do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha sofreu alterações no início do século XX e o edifício foi classificado como Monumento Nacional por decreto de 1910 e sujeito a uma longa campanha de obras de restauro por iniciativa do DGEMN a partir da década do ano de 1930, no entanto sempre foi uma vítima das águas do Rio Mondego. No ano de 1991 começou a ser feita uma recuperação e valorização do espaço do mosteiro e do local abrangente do edifício, com um orçamento de sete milhões e meio de euros, a cargo do arqueólogo Artur Corte Real. A campanha durou até ao ano de 2000 e colocou a descoberto a parte inferior da igreja e o claustro, permitindo recolher um espólio significativo que é testemunho material do passado conventual. Em 1997 foi construída uma cortina de contenção periférica das águas o que ajudou na reabilitação do espaço do mosteiro.
O mosteiro tem um Centro Interpretativo que foi construído para servir como projeto de valorização do antigo mosteiro. Foi lançado em 2004, concluído no ano de 2008 e aberto ao público somente no ano de 2009. As religiosas que habitaram o mosteiro deixaram um importante espólio de porcelanas e faianças, Rosários, anéis e muitos outros objetos que permitem reconstruir o seu dia-a-dia, patente numa exposição instalada no centro interpretativo, que acolhe “a história do sítio”. Outro dos marcos no Mosteiro foi a inundação do ano de 2016 em que as águas do Rio Mondego voltaram a inundar o mosteiro e causaram perdas de equipamentos no Centro Interpretativo e de documentos. As cheias foram derivadas À abertura das comportas da Barragem da Aguieira, que deviam ter sido feitas de forma gradual. Os danos provocados pelas cheias, em que o nível da água chegou a atingir os cinco metros, estimam-se entre 450 mil a 600 mil euros.