Os tumores malignos e os benignos podem ter origem em qualquer parte da boca. As formas mais comuns de malignidade ocorrem nas faces laterais da língua, e no pavimento da mesma, sendo estes de origem escamosa, sendo ainda comum, em portadores de HIV o sarcoma de Kaposi, que ocorre nas partes posteriores do palato, em especial no palato mole.
Em relação aos tumores nos vestíbulos e lábios, das pessoas que mascam tabaco, regra geral é de origem verrugosa e tem crescimento lento.
Em seguida apresenta-se as formas de cancro mais comum:
- Língua
O cancro na língua é regra geral detectado durante uma consulta de rotina, visto que ele com frequência é indolor na sua fase inicial. Esta detecção precoce é fundamental para que o mesmo tenha um tratamento eficaz e pouco invasivo. O local mais comum de aparecer este tumor é nas laterais da língua, no entanto, pode aparecer também em cima desta, sendo que isto ocorre em casos em que o utente teve durante anos sífilis não tratada. Eritroses (lesões de cor vermelha), com formato irregular são regra geral lesões com alto potencial cancerígeno, por isso a presença de lesões deste tipo na língua, precisam de ser observadas pelo profissional de saúde. Regra geral forma úlceras e o cancro tende a desenvolver-se para dentro da mesma.
- Pavimento da boca
Também os carcinomas do pavimento da boca são de início indolores e tendem a ser detectados em fases precoces em consultas de rotina. Ele é em tudo semelhante ao cancro da língua, apenas a sua localização é diferente.
- Palato mole
No palato mole podem desenvolver-se cancros de células escamosas ou cancros que se originem nas glândulas salivares do palato mole. Com frequência o cancro tem um aspecto de uma úlcera. Este tipo de carcinoma inicia-se como uma inflamação ligeira.
- Leucoplasia
A leucoplasia é uma lesão branca que se forma, com frequência no revestimento da boca, e ocorre quando a mucosa é irritada por muito tempo e forma uma mancha branca e plana que não sai ao esfregar. O ponto está branco visto que é formado por queratina, pouco abundante nesta zona. Contudo, podem haver outras áreas brancas que se formam na boca, quer pela acumulação de alimentos, quer por bactérias ou fungos. A diferença acontece porque esta lesão não desaparece com a limpeza. Neste processo de formação desta protecção podem desenvolver-se células cancerígenas. Por isso a lesão branca, é com frequência chamada de lesão pré-cancerígena. No entanto, não é uma lesão tão preocupante como a eritoplasia. Áreas brancas não exigem uma ida imediata ao profissional de saúde, ao passo que áreas vermelhas exigem.
- Gengivas
Tumefacções nas gengivas regra geral não são de origem tumoral, mas regra geral são lesões periodontais, quer originadas por cárie dentária, quer por doença periodontal. O tratamento da cárie ou da periodontite, elimina com frequência o abcesso. Contudo, existem, com uma frequência relativamente baixa, alguns tumores no periodonto que são facilmente removidos com cirurgia e com baixa taxa de recidiva.
- Glândulas Salivares
Qualquer das glândulas salivares, quer as glândulas salivares major, quer as minor, são susceptíveis de sofrer com um tumor. Com frequência, são de crescimento rápido e podem ser dolorosos. A palpação das glândulas notam uma massa dura ao tato.
- Lábios
Os lábios também são susceptíveis ao desenvolvimento de carcinomas. Em especial o lábio inferior desenvolve danos pelo sol (queilose actínica), que manifesta-se com gretas nos lábios e alteração de cor (ou vermelho ou vermelho-esbranquiçado). Estas lesões precisam de um diagnóstico por meio de biópsia para avaliar se é cancerosa. As lesões cancerígenas são frequentemente duras ao tacto e aderem ao tecido subjacente, ao passo que as lesões não cancerosas são facilmente movidas. O lábio superior é menos acometido com lesões, no entanto, são mais propensas a desenvolverem cancro. Pessoas que consomem tabaco, quer em cigarros, quer por mascar, está propensa a desenvolver bordos brancos com cristais na parte interna dos lábios que podem tornar-se em carcinomas verrugosos.
- Maxilares
Podem formar-se tumores, em especial na zona do dente do ciso, que provocam dor e inchaço. Eles podem não ser cancerosos, mas ainda assim podem desenvolver-se e destruir áreas consideráveis do maxilar. Isso pode exigir extracção cirúrgica.