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Uma “apreciação crítica” é um texto que visa uma dimensão expositiva e uma dimensão crítica, ou seja, apresenta uma articulação entre a abordagem de um tema e as opiniões fundamentadas do seu autor. Neste sentido, é um texto subjetivo e valorativo que parte da análise do objeto para a formulação de um ou vários juízos de valor.
Este tipo de textos pode incluir um variado leque temático como, por exemplo, manifestações culturais (desde uma obra literária, ou uma música, passando por uma peça de teatro, um filme, ou uma pintura), ou obras científicas.
Uma “apreciação crítica” não obedece estritamente a um conjunto de normas previamente estipulado, mas tem de seguir os princípios da coerência e da coesão.
A sua estrutura comporta um título, que deve ser apelativo e sugestivo, uma introdução, na qual se apresenta ou se descreve sucintamente o objeto analisado, um desenvolvimento, que revele o posicionamento crítico relativamente ao objeto em apreciação (com apresentação de juízos de valor devidamente fundamentados, isto é, argumentos objetivos e consistentes a favor e / ou contra) e, por fim, uma conclusão, na qual é feita a síntese do que foi apresentado anteriormente e se reforça o posicionamento crítico.
Para elaborar este tipo de textos, o autor deve, em primeiro lugar, interpretar o objeto de análise (se possível em partes temáticas para, depois, relacionar as ideias principais), tendo em conta as sensações e as impressões que o mesmo lhe suscita.
Em segundo lugar, poderá eventualmente consultar alguma bibliografia sobre o objeto de análise, caso pretenda enveredar por uma análise mais profunda.
Por último, depois das opiniões estarem devidamente registadas e estruturadas, é fulcral não esquecer que, na redação da apreciação crítica, deve ser utilizada uma linguagem valorativa, ou seja, apreciativa ou depreciativa (através do uso de adjetivos, advérbios, ou repetições), assim como um registo de língua adequado ao público-alvo. A utilização da 1ª ou da 3ª pessoas gramaticais, do presente do indicativo, das frases declarativas e exclamativas e de recursos expressivos variados, como a comparação, a metáfora, o eufemismo, a ironia, ou até a hipérbole, são outros pontos importantes a ter em conta.
Acresce ainda a importância da utilização de articuladores de enumeração, causa, consequência, exemplificação, esclarecimento e conclusão para o texto estar em conformidade com a lógica discursiva de ideias e ainda a mobilização adequada dos recursos da língua, nomeadamente no que diz respeito ao vocabulário sobre o tema, que deve ser adequado e apresentar um léxico variado.