Roberto Carlos da Silva Rocha, nasceu a 10 de Abril de 1973 no município da Graça em São Paulo no Brasil e é conhecido no mundo do futebol como Roberto Carlos é um ex-jogador, visto como um dos melhores laterais esquerdos de sempre, conhecido pelos seus fortes pontapés com o pé esquerdo, destacou-se no mundo do futebol ao serviço do Real Madrid.
No município da Graça, no interior de São Paulo, no início da década de 70, um lavrador, fã do cantor Roberto Carlos, decidiu dar ao seu filho o nome do ídolo. Este Roberto Carlos viria a ser reconhecido mundialmente, não pela música, mas sim pelo seu futebol. Começou a jogar nas ruas paulistas desde muito cedo, que o levaram em 1990 ao União de São João, onde se começou a destacar e levaram-no a ser convocado para a seleção brasileira sub-20 com apenas 16 anos. As boas prestações levaram a que o Atlético Mineiro manifestasse interesse em Roberto Carlos e garantiram o seu empréstimo, esteve uma época no clube. No início da temporada 1993/94, os maiores clubes brasileiros travaram uma grande disputa pelo jogador, levando a melhor o Palmeiras, clube que representou durante três temporadas conquistando por duas vezes o campeonato.
As excelentes campanhas no Brasil chamaram a atenção do futebol europeu, o Inter de Milão bateu os sete milhões de euros e levou o jogador para a Serie A. Em Itália, Roberto Carlos encontrou um grande problema com o treinador Roy Hodgson, como o próprio jogador assumiu, uma vez que o colocava a jogar a avançado, muito longe da sua posição de origem. Apesar de ter feito mais de 30 jogos, no final da época a inadaptabilidade do treinador com o jogador levou Roberto Carlos a transferir-se para Espanha, para representar o Real Madrid.
Em Madrid, Roberto Carlos viria a tornar-se num dos maiores de sempre da sua posição, entrou no clube em 1996, de onde só viria a sair em 2007, foram 11 épocas ao serviço dos merengues, realizando um total de 527 jogos oficiais, foi em Madrid que aprumou o seu forte pontapé, apontando 68 golos, números bastante positivos para um defesa. As boas exibições contribuíram para o sucesso coletivo do Real Madrid, durante o seu trajeto no clube, venceu por quatro vezes a liga espanhola, três vezes a supertaça de Espanha, uma supertaça europeia, duas taças intercontinentais e três vezes a liga dos campeões. Mais de uma década no Real Madrid fazem de Roberto Carlos uma lenda do clube, ele que detém o record de jogador estrangeiro com mais jogos pelo clube. Deixou o clube em 2007 com 34 anos para rumar à Turquia, ao Fenerbache.
Na Turqui teve a receção que uma lenda merece, na sua apresentação, o estádio do Fenerbache abriu a porta a milhares de adeptos para darem as boas vindas a Roberto Carlos no clube. Era o início de uma ligação de cerca de três épocas e meia, apesar da idade, manteve uma enorme regularidade, participando em 94 jogos e marcando 9 golos, nunca conseguiu o objetivo principal, a liga turca, no entanto, venceu por duas vezes a supertaça.
Em 2010 regressou ao Brasil, desta vez para representar o Corinthianhs, no Timão foi anunciado e recebido em festa e justificou-o, fazendo uns impressionantes 57 jogos durante toda a temporada, sagrando-se novamente campeão brasileiro. Apesar das boas exibições e do título, o regresso ao Brasil foi de curta duração, isto porque, segundo o próprio, viu a sua família ameaçada por adeptos da própria equipa, incapazes de esquecer o seu passado no rival Palmeiras. De saída do país natal, regressa à Europa, desta vez para a Rússia onde o dinheiro do Anzhi Makhachkala convenceu o jogador. Viria a estar duas épocas no clube, onde inclusive chegou a conciliar o cargo de jogador com o de treinador, após o despedimento de Gadzhi Gadzhiev. No final da temporada 2011/12, pendurou as chuteiras e assumiu o cargo de coordenador técnico do clube russo, onde esteve durante uma época.
Na temporada 2013/14, Roberto Carlos voltou aos bancos e à Turquia, desta vez ao Sivasspor, onde esteve durante duas épocas, tendo sido eleito inclusive o treinador do ano no país em 2014. Em 2015 abandona o clube mas mantém-se na Turquia, para orientar o Akhisar Belediyespor, durante uma ano, antes de regressar novamente aos relvados.
Em 2015 e já com 42 anos, Roberto Carlos aceita o projeto dos indianos do Delhi Dynamos para ser treinador jogador, projeto que durou apenas um ano, marcando assim o adeus definitivo do jogador aos relvados.
Roberto Carlos confirmou o estatuto como um dos melhores de sempre também ao serviço da selecção do Brasil, vestiu a camisola da canarinha por 125 vezes, que fazem dele o segundo jogador mais internacional de sempre, apenas atrás de Cafú, o momento mais alto pelo seu país foi em 2002, quando o Brasil bateu a Alemanha na final do Mundial da Coreia do Sul e Japão, sagrando-se campeão do mundo.