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Quem foi Diana Vreeland
Diana Vreeland é a precursora do conceito de trabalho duro, zero glamour e muita polêmica no Mundo Editorial da Moda. Esteve 25 anos na Harper’s Bazaar e 9 anos como editora-chefe da Vogue Us, definindo pelo seu percurso, o clichê da directora de moda excêntrica e autoritária.
Original e fantasioso, assim se reconhece o trabalho de Diana Vreeland nas duas mais importantes revistas de moda do mundo.
Ela foi responsável por lançar as bases de uma posição e reputação, que hoje merece o respeito de todos, não só, pela sua capacidade de influenciar e Inspirar, mas também pela sua criatividade e visão estética.
O que realmente destaca Vreeland de qualquer outra editora de moda actual ou passada, foi a sua capacidade criativa, o seu engenho e personalidade, a sua elegância e carisma. Durante a sua carreira, ela não procurou referências, ela foi a referência. Ela não copiou exemplos, ela foi o exemplo. Ela não seguiu caminhos, ela abriu o caminho. Ela foi irreverente sem cair na vulgaridade nem perder a elegância.
Conhecida pela sua criatividade ilimitada e temperamento forte, Vreeland mudou a maneira de pensar sobre moda nos anos 60, quando assumiu o cargo de editora-chefe na Vogue americana, onde trabalhou até 1971, revolucionou os métodos do jornalismo de moda mostrando as últimas novidades e tendências, sempre da maneira mais criativa e deslumbrante forma possível, mas seguindo um apurado sentido crítico, transformando a Vogue na revista de moda mais importante do mundo.
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Diana Vreeland(1864-1943)
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Diana Vreeland, nasceu Diana Dalziel, a 29 de Setembro de 1903 em Paris, durante a Belle Époque Francesa. Emigrou ainda menina para Nova Iorque, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, mudou-se para Londres logo depois da Grande Depressão e por fim retornou a Nova Iorque no início da Segunda Guerra Mundial, onde se tornou numa lenda da elegância e do estilo sem nunca ter tido nenhum tipo de educação formal.
Os boatos contam, que tudo começou no Roof, em Nova Iorque, quando Carmen Snow (editora da revista Harper’s Bazaar de 1934 a 1958) viu a Diana dançar com o marido, um banqueiro de sucesso, com um vestido Chanel e teve a intuição de que aquela mulher seria uma óptima colaboradora para a revista. Então, Carmen impressionada com o estilo e elegância de Vreeland, lhe perguntou se ela não gostaria de trabalhar na revista.
É então que, em 1936, inicia a sua carreira editorial como colunista da revista Harper’s Bazaar, com uma coluna chamada “Why Do not You?”. A coluna era um reflexo da mente anárquica e inventiva de Vreeland.
Em 1939, torna-se na primeira editora de moda do mundo e tornando-se no primeiro nome da lista de extraordinárias editoras de moda, conhecidas pelo seu génio complicado e trabalho extraordinários, actualmente personificado, com Anna Wintour.
Em 1962, aceita o convite de Sam Newhouse, que acaba de comprar a Condé Nast, para ser editora-chefe da “Vogue”. Aí, sem ninguém superior a ela, que lhe negue seja o que for, não poupa esforços ou dinheiro, para passar para as páginas da sua revista toda a sua visão e criatividade, mandando de forma consecutiva, a sua equipa de produção e modelos, aos lugares mais exóticos e deslumbrantes, para criar os mais espectaculares editoriais. Abrindo as portas a toda uma nova era, na produção de editoriais de moda e tornando as páginas da revista Vogue em verdadeiras obras de arte.
“Sei o que elas vão usar, antes de elas usarem. O que vão comer, antes de comerem. E até mesmo para onde vão, antes mesmo de o lugar existir”, afirmou Vreeland sobre as leitoras das revistas femininas.
O seu trabalho na Vogue imortalizou a figura de ícones da moda da época como Twiggy, Marisa Berenson e Cher e transformou em paradigmas de beleza mulheres consideradas visualmente “estranhas” como Bárbara Streisand e Anjelica Huston, tudo a partir de um escritório pintado com paredes vermelhas e almoçando diariamente uma sandes de manteiga de amendoim com um copo de uísque. Uma das suas manias, que de certa forma marcou, de uma maneira divertida, a história da moda, era a exigência, de que, as suas assistentes mais próximas usassem bijuterias barulhentas e enormes, se possível com guizos, para que ela sempre soubesse quando estavam por perto.
Vreeland, também foi a principal conselheira de moda da Primeira-dama Jacqueline Kennedy, de quem ficou amiga e a quem indicou a Oleg Cassini, como personal stylist, formando uma dupla inseparável e tornando Jacqueline Kennedy, na mais elegante das primeiras damas americanas. No seu íntimo círculo de amizades figuravam nomes como Andy Warhol, Coco Chanel e claro, Jacqueline Kennedy.
A sua saída na Vogue aconteceu no ano de 1971 e de acordo com diferentes relatos, de uma forma um pouco humilhante, já que a editora, acaba sendo demitida por extrapolar demasiado os orçamentos de cada publicação da revista.
Depois de deixar a Vogue, Vreeland passou a ser consultora de moda do Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque, onde durante alguns anos realizou exposições e desfiles dos grandes nomes do mundo da moda, como Balenciaga e Yves Saint Laurent, que levaram mais de um milhão de pessoas por ano ao museu e fizeram dele, o centro efervescente da moda nos Estados Unidos e no mundo.
Vreeland, morreu em 1989 praticamente cega e acompanhada do discípulo André Leon-Talley, que mais tarde viria a trabalhar com a outra lenda da moda, Anna Wintour.
Diana Vreeland, foi um ícone da moda internacional e editora-chefe das duas maiores publicações editoriais de moda, Vogue e Harper’s Bazaar, reconhecida pela sua criatividade ilimitada, pela sua exigência perfeccionista e pelo seu forte temperamento. Em mais de 40 anos de ligação com o mundo da moda, ficou conhecida como o “oráculo”, “sacerdotisa da moda” e “fabricante de mitos”.
References:
FRISA, Maria Luisa & CLARK, Judith. Diana Vreeland After Diana Vreeland. Rizzoli International Publications, Incorporated, 2012
STUART, Amanda Mackenzie. Empress of Fashion: A Life of Diana Vreeland. Harper Collins, 2012
VREELAND, Diana. D.V. Harper Collins, 2011
VREELAND, Alexander. Diana Vreeland: the Modern Woman: The Bazaar Years, 1936-1962. Rizzoli International Publications, Incorporated, 2015