Conceito de vegetarianismo.
Além de regime alimentar, poderá ser uma forma de estar na vida e por isso, existem vários tipos
O vegetarianismo é um regime alimentar que exclui a carne e o peixe, mesmo que se consuma laticínios ou ovos. São várias as razões pelas quais podemos tornar-nos vegetarianos, nomeadamente por questões de saúde, para manter uma alimentação mais equilibrada e saudável, por questões ideológicas, relacionadas com os direitos dos animais, com a sustentabilidade, ou até mesmo por questões meramente económicas.
Apesar de estar em voga, o vegetarianismo já é praticado há séculos e por todo o mundo. Diz-se que a palavra tal como a conhecemos hoje terá tido origem em 1842. Até então era conhecida como regime pitagórico (pois ao que tudo indica, Pitágoras também era vegetariano), ou regime vegetal. Foi em 1847 que terá surgido, em Manchester, a primeira sociedade vegetariana. Em Portugal, viria a aparecer em 1911.
Existem vários tipos de vegetarianismo:
Ovo-lacto-vegetarianos – Além dos produtos de origem vegetal, este grupo não se importa de comer lacticínios e ovos;
Lacto-vegetarianos- Este grupo opta por continuar a consumir lacticínios, muitas vezes porque não conseguem deixar produtos que contenham leite ou seus derivados, mas exclui os ovos da sua alimentação. Este grupo pode ainda estar em fase de transição para o veganismo, que explicaremos mais à frente.
Ovo-vegetarianos- Este grupo é o oposto do referido no ponto anterior. Optam por continuar a ingerir ovos, mas excluem o leite e seus derivados da alimentação. A intolerância à lactose tem sido um dos motivos apontados para que tal aconteça. Contudo, por norma há sempre a questão ideológica relacionada com a proteção dos animais e a proteção ambiental.
Veganos ou Vegan– Este grupo é o mais radical de todos. Na alimentação exclui todas os produtos derivados de animais ou mesmo algo por eles produzido (ex: mel). Mas o veganismo vai muito além da alimentação. É uma forma de estar e viver. Os veganos são contra todo o tipo de indústria que usa o animal como meio de exploração para consumo final – desde a alimentação ao vestuário, passando por produtos que são testados em animais-, consumindo apenas produtos derivados do mundo vegetal.
Frutívoros – São muito parecidos aos veganos, mas recusam-se a consumir alimentos que possam de alguma maneira matar ou magoar as plantas. São exemplos disso a cenoura, a batata e a cebola, bem como os rebentos de soja e a alfafa. Assim, os frutívoros alimentam-se, como o nome indica, de frutos, grãos, sementes, entre outros.
Crudívoros – Este grupo alimenta-se de alimentos crus e defendem que não há necessidade de os alimentos serem cozinhados, pois o ser humano está preparado para digerir todos os alimentos de forma natural.
Curiosidades
Segundo dados da AC Nielsen, empresa global de gestão de informação, que proporciona uma visão completa sobre o que o consumidor vê e compra, em 2017, “os portugueses estão cada vez mais preocupados com as questões relacionadas com a saúde e o bem-estar, procurando adquirir produtos considerados mais saudáveis ou com características que lhes trazem maiores benefícios para a saúde.”
Já em 2007, o Centro Vegetariano em conjunto com a AC Nielsen, tinham realizado o primeiro estudo para determinar o número de vegetarianos no país. Este ano voltaram a repetir o estudo e verificaram que, em 10 anos, o número de vegetarianos quadriplicou “com 1.2 % dos portugueses a não consumirem carne nem peixe atualmente. Em 2007 apenas 0.3 % da população portuguesa se encontrava nesta categoria.” Também houve um aumento da população vegana, que hoje representa 0,6% da população.
Referências:
https://www.centrovegetariano.org/index.php