Caso de Anna O (1895)
Anna O é o pseudónimo de Bertha Pappenheim (1859-1936). É um dos casos primeiros casos em psicanálise e também um dos mais conhecidos. Surge na publicação Estudos sobre a Histeria (1895). Sendo descrita como sendo de personalidade sensível, aos 20 anos de idade, Bertha sofre com a doença terminal de seu pai, tendo sofrido também com a sua própria depressão, nervosismo, tendências suicidárias, paralisia que ficou bastante conhecida, perturbações visuais e convulsões. Foi tratada na altura de 1880 a 1882 por Josef Breuer com o método de auto- hipnose, insistindo trazer à mente recordações traumáticas como forma de atenuar os sintomas. Bertha recuperou a sua personalidade com ausência sintomática e ficou curada. De origem burguês, Bertha Pappenheim foi, depois uma mulher ativa promovendo várias atividades humanitárias, tornando-se uma figura lendária na história das mulheres e do feminismo. No final da vida, surge uma identificação massiva à sua própria mãe, tendo Berthra sido descrita como devota e autoritária. Nessa condição dedicou-se à reedição de obras religiosas.
O caso de Anna O foi relatado também em Novas conferências de Psicanálise – 1909.