Belmiro Mendes de Azevedo, que nasceu no dia 17 de Fevereiro de 1938 em Marco de Canaveses, foi um empresário e industrial português que por várias vezes fez parte da lista da “Forbes” dos homens mais ricos do mundo, tendo uma fortuna avaliada em 2,5 mil milhões de dólares. Era casado com a farmacêutica Maria Margarida Carvalhais Teixeira e era pai de: Duarte Paulo Teixeira de Azevedo, Maria Cláudia Teixeira de Azevedo e Nuno Miguel Teixeira de Azevedo. O industrial morreu aos 79 anos no dia 29 de Novembro no Porto, tendo sido enterrado no dia seguinte.
Belmiro de Azevedo era o mais velho dos oito filhos de Manuel de Azevedo, um carpinteiro e agricultor, e de Adelina Ferreira Mendes, costureira. Fez a instrução primária em Tuías, tendo reprovado no primeiro ano mas quando se mudou para o Porto recuperou o tempo perdido, chegando a fazer os quatro anos letivos em apenas três. Depois de ter terminado os estudos secundários no Liceu Alexandre Herculano, no Porto, entrou na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. A licenciatura em Engenharia Química foi concluída em 1964.
Ainda estudante, Belmiro de Azevedo entrou para a Efanor (Empresa Fabril do Norte), localizada na Senhora da Hora. Pouco depois ingressou na Sonae (Sociedade Nacional de Estratificados), cujo controlo viria a assumir em 1974.
Assim que assumiu o controlo da Sonae, esta empresa lançou-se nas áreas dos hipermercados (Continente e Modelo), comunicações (o jornal “Público”) e a das telecomunicações (Optimus). Posteriormente, o grupo procurou expandir-se internacionalmente e apostou no retalho especializado (Bonjour, Vobis, Worten ou Sportzone). A partir de 1985, a Sonae passou a ser cotada na Bolsa de Valores e Belmiro tornou-se accionista maioritário.
Em paralelo com a actividade empresarial, Belmiro de Azevedo criou em 1991 a Fundação Belmiro de Azevedo. Esta fundação apoia nas áreas da Educação, das Artes, da Cultura e da Solidariedade. Em 2008, esta fundação abriu em Matosinhos o Colégio Efanor, onde começou a sua carreira profissional. O empresário sempre foi conhecido pelo seu carácter empreendedor, frugalidade (apenas se dava ao luxo de comprar um carro novo de 14 em 14 anos) e ousadia (tendo batido de frente com vários políticos conhecidos, como é o caso de Francisco Louçã, Marcelo Rebelo de Sousa ou Cavaco Silva).
Belmiro de Azevedo foi agraciado pelo antigo presidente da República, Jorge Sampaio, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Em 2006, depois da morte de António Champalimaud, passou a ser o único português a figurar na lista da “Forbes”.