Em botânica, o esporófito corresponde a uma fase do ciclo de vida que é diplóide (2n), ou seja, as células possuem um par de cada cromossoma.
O esporófito desenvolve-se a partir do zigoto (2n) e pode produzir esporócitos. Os esporócitos originam esporos (n) por meiose. O desenvolvimento dos esporos origina uma entidade haplóide, o gametófito. Nestas estruturas reprodutoras irão ser formados os gâmetas (células sexuais), por mitose.
Em formas vegetais mais ancestrais na escala evolutiva, o gametófito constitui a maior parte do organismo observável e é a estrutura persistente, como é o caso dos musgos. Nos musgos, o esporófito é uma estrutura temporária e nutricionalmente dependente do gametófito.
Porém, à medida que os grupos de plantas evoluem em formas mais complexas, com maior porte e capazes de sustentar a formação de vasos condutores de água, sais minerais e nutrientes, verificamos que o esporófito passa a ser a fase mais preponderante do ciclo de vida. Nestas plantas, os gametófitos correspondem às estruturas temporárias (como as flores da Angiospérmicas) destinadas ao desempenho dos processos reprodutivos.
Alternância entre a geração esporófita e a gametófita
A alternância entre as gerações esporófita e gametófita é coordenada pela meiose e a fecundação. Em geral, durante a geração esporófita, os esporos (n) são produzidos quando o esporócito sofre meiose.
A geração gametófita (n) transita para esporófita quando se dá a formação do zigoto (2n), após a fecundação ou fusão de gâmetas. Um organismo que possui esta alternância de gerações é designado por ‘haplodiplonte’.
Referências bibliográficas
Stern, K. R., Bidlack, J. E., Jansky, S., & Uno, G. (2006). Introductory plant biology. Boston: McGraw-Hill Higher Education.