Inteligência Competitiva

Apresentação do conceito de Inteligência Competitiva; Principais etapas de um processo de inteligência competitiva; benefícios da Inteligência Competitiva…

Conceito de Inteligência Competitiva

A expressão Inteligência Competitiva ou Competitive Intelligence (CI) designa a atividade de recolher, analisar e aplicar informações relativas ao ambiente competitivo, de forma a conseguir melhorias nos processos de tomada de decisão e no planeamento a curto e a longo prazo. Essa avaliação é efetuada através da recolha de informação sobre o mercado específico onde a empresa atua, nomeadamente: (i) dados sobre clientes, fornecedores e concorrentes; (ii) dados sobre o desenvolvimento de novos produtos concorrentes; (iii) e estratégias de marketing e vendas desenvolvidas por clientes, concorrentes e fornecedores. Com esta informação, recolhida e analisada de forma sistemática, as empresas procuram manter a sua vantagem competitiva sobre os concorrentes, reduzindo simultaneamente o risco associado à incerteza e usufruindo das oportunidades de mercado que continuamente surgem.

A inteligência competitiva permite assim, de forma proactiva, recolher e organizar informações não só sobre a concorrência mas também sobre os mercados e os concorrentes, analisando tendências e cenários, permitindo o aumento da competitividade. De facto, as empresas que utilizam a inteligência competitiva conseguem mais eficazmente estabelecer metas, definir o planeamento e o modelo de negócio, detetar oportunidades e ameaças e seguir uma estratégia mais competitiva. Por outro lado, essas empresas também aprendem mais rápido e implementam mudanças e inovações com mais eficácia do que os seus concorrentes. Essas empresas são percebidas pelo mercado como empresas com visão de futuro e que se destacam da concorrência.

A eficácia da inteligência competitiva mede-se pela capacidade em gerar conclusões, disseminar conhecimento junto dos decisores e, sobretudo, identificar e avaliar novas oportunidades ou ameaças de mercado. A inteligência competitiva permite desenvolver inúmeras atividades, destacando-se: (i) Organização interna da informação no processe de apoio à decisão; (ii) Suporte à decisão em estratégias de internacionalização, crescimento e outras; (iii) Análise do perfil de concorrentes (operacional e estratégico); (iv) Previsão de lançamento de novos produtos.

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Etapas da Inteligência Competitiva

A inteligência competitiva é hoje em dia uma prática muito comum entre as empresas, sendo uma forma de estar e agir e inclui quatro etapas fundamentais, nomeadamente: planeamento, recolha e tratamento de informações, análise final das informações, disseminação e avaliação.

  1. O Planeamento é a etapa que consiste no estudo preliminar do problema e na qual são estabelecidos os procedimentos necessários para a recolha e tratamento da informação recolhida.
  2. A recolha e tratamento da informação é a fase de de obtenção de dados que posteriormente serão tratados e transformados em informação.
  3. A análise final das informações é a etapa em que a inteligência competitiva é gerada.
  4. A disseminação e avaliação é a última fase do processo e consiste na divulgação de inteligência formalizada, apresentada de forma lógica e de fácil absorção para o destinatário.

Baseada na definição de Gomes e Braga (GOMES, Elisabeth; BRAGA, Fabiane. Inteligência competitiva: como transformar informação em um negócio lucrativo. Rio de Janeiro: Campus, 2001): “o resultado da análise de dados e informações coletados do ambiente competitivo da empresa que irão embasar a tomada de decisão, pois gera recomendações que consideram eventos futuros e não somente relatórios para justificar decisões passadas”.

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Benefícios associados à Inteligência Competitiva

Existem claros benefícios associados à utilização da Inteligência Competitiva, entre os quais:

  1. Reforço da capacidade da empresa em abordar o mercado, com o desenvolvimento de novos mercados, produtos/serviços e reforço das suas vantagens competitivas;
  2. Redução de custos operacionais, quer ao nível das das compras, quer da produção, quer ainda ao nível da distribuição;
  3. Gestão estratégica mais eficaz, com a identificação de tendências (produtos/serviços, mercados e tecnologias), antecipação das necessidades dos atuais e futuros clientes, eficácia na tomada de decisões e articulação entre departamentos internos e destes com clientes, fornecedores e outros parceiros de negócio.
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