Mobile Game (ou em português “jogo para telemóvel”) é a expressão mais usada para definir jogos que são criados tendo em mente as plataformas móveis de comunicação. Sendo atualmente um dos mais bem sucedidos e concorridos mercados de produção de aplicações e jogos, através dos portais de empresas como a Google Play Store ou a App Store da Apple. Os utilizadores usam as suas contas de acesso e podem descarregar ou comprar conteúdo através da internet.
O entretenimento e as telecomunicações
Um dos títulos mais populares entre os utilizadores de telemóveis foi lançado em 1997 pela Nokia. O jogo chamado Snake estava pré instalado em diversos modelos de telemovel comercializados pela Nokia e rapidamente se tornou um dos títulos mais jogadores no mundo. O jogador controlava uma cobra, com as teclas numéricas do telemovel, e tinha de apanhar bolas para ganhar pontos. A cada bola comida a cobra aumentava de tamanho e o jogador tinha de evitar bater contra as paredes da arena ou contra a própria cobra. Modelos como o Nokia 6110 foram dos primeiros a introduzir o modo multijogador em jogos através da tecnologia de infra vermelhos.
Os avanços tecnológicos no desenvolvimento das telecomunicações foram muito rápidos e consequentemente levaram a uma queda nos custos de produção e a uma busca constante por melhores produtos. Assim os telemóveis ganharam novas funções e gradualmente deixaram de cumprir somente a sua função de comunicação móvel.
Tomando partido dos melhoramentos exponenciais em resolução de imagem nos ecrãs, poder de processamento e armazenamento, melhores interfaces e também mais intuitivas, ligação à internet e sistemas operativos distintos o mercado móvel ganhou uma série de novos interesses e consumidores.
Os primeiros jogos para telemóvel eram pré instalados no sistema e limitados ás capacidades do modelo. Com a chegada do comércio online e as transferências de conteúdo digital começaram as primeiras vendas online de jogos para telemóvel, assim como imagens de fundo e tons de toque licenciados.
Com a chegada de novos componentes como as câmaras de fotografar e os controlos de ecrã sensíveis ao toque surgiram também novos jogos que aproveitavam as diferentes capacidades dos modelos. A Panasonic foi das primeiras a criar um jogo que fazia uso da câmara, no caso um simulador virtual em que o jogador alimentava a sua criatura tirando fotografias a comida. O Japão foi um dos países onde o costume de jogar no telemovel ganhou forma mais cedo que no resto do mundo e rapidamente o mercado se expandiu para uma alargada oferta de géneros desde jogos de puzzle, RPG e clássicos das máquinas arcade. A Nokia criou um modelo que juntava o esquema clássico de consola portátil e de telemóvel, chamado N-Gage. A plataforma não conquistou muito sucesso devido ao design e fraco suporte de investimento.
Abertura das lojas digitais
Com o lançamento da App Store em 2008 o mercado teve um crescimento muito rápido e surgiram imensas empresas, estúdios e particulares a desenvolverem conteúdo para a loja digital tanto videojogos como aplicações práticas. Sendo uma loja que pertence à Apple apenas está disponível para periféricos da marca e levou a que a industria reagisse nascendo assim outras lojas como a Google Play Store. Vários jogos de sucesso viram a luz do dia no mercado mobile como o Angry Birds, Flight Control, Doodle Jump e Candy Crush com mecânicas simples que introduziram muitos consumidores aos videojogos e despertaram o investimento das produtoras.
Comercialmente os jogos mobile usam um sistema de micro-transações. Alguns jogos e aplicações podem ser adquiridas com um pagamento único, mas a maioria oferece uma parte do software de forma gratuita e depois o utilizador pode comprar conteúdo extra ou pagar uma subscrição para desbloquear novas funcionalidades. Outro modelo de negócio é disponibilizar o jogo totalmente gratuito, mas com publicidade intrusiva durante as sessões de jogo. O utilizador não paga diretamente e os ganhos da produtora são conseguidos através da publicidade em alguns casos é possível pagar para bloquear os anúncios publicitários.