Estêvão I da Hungria, o Grande também conhecido como São Estevão pela conversão da população pagã ao cristianismo, terá nascido em 975 no principado da Hungria, não chegou aos nossos dias informação historiográfica que permita aferir com exactidão o seu nascimento, morreu em 1038 no Reino da Hungria. Filho do Grão-príncipe da Hungria, Gêza com Sarolt, filha de um chefe tribal húngaro.
Assim como a data do seu nascimento, a data do seu baptismo cristão também não reúne consenso, algumas fontes e historiadores defendem que foi logo após o seu nascimento, enquanto outras interpretações referem ter-se convertido na adolescência ou já jovem adulto. Certo é que, Estêvão I da Hungria foi o primeiro governante húngaro plenamente convertido e devoto ao cristianismo.
Quando Estêvão tinha provavelmente 14 ou 15 anos de idade, o seu pai Gêza, convocou uma assembleia com os principais governantes e administradores, para a nomeação de Estêvão enquanto futuro Grão-príncipe, ao qual estes juraram lealdade.
A conversão ao cristianismo e abandono do paganismo resultou numa aproximação do Principado da Hungria aos Reinos Ocidentais, como forma de cimentar esta aproximação, Estêvão casou em 995 com Gisela, filha de Henrique II Duque da Bavaria, família pertencente à nobreza do Sacro Império Romano.
Em 997 após a morte do pai, e consoante o acordado anteriormente, Estêvão inicia a sua governação enquanto príncipe. Mas esta nomeação não foi unânime, era comum o poder passar de pais para filhos, mas tradicionalmente o poder também poderia transitar para um aristocrata que exercia poder há algum tempo, a este facto juntava-se a resistência à conversão ao cristianismo pela população húngara pagã. Embora convertido ao cristianismo, Koppány foi o rosto e símbolo maior da oposição a Estêvão, apoiado em larga medida pelos pagãos, que viam em Estêvão uma ameaça maior à sua fé. Koppány tentou inicialmente proclamar-se Príncipe, ao propor um casamento com a mãe de Estêvão, gorada esta tentativa, recorreu à força bélica para reclamara para si o direito de governar o Principado, tentado tirar partido da inexperiência militar do jovem príncipe.
Koppány inicialmente teve sucesso, conquistando diversos castelos e fortificações de Estevão, mas no ano 1000, Estêvão teve uma vitória decisiva que resultou na morte de Koppány. A anexação dos territórios revoltosos e unificação dos territórios tribais húngaros permitiu a criação de um novo reino – Hungria, com Estêvão I da Hungria, como primeiro governante. Antes deste conflito parte dos ducados húngaros era controlado por chefes tribais, com o fim do conflito estavam unificados como reino húngaro, é este um dos principais legados de São Estêvão, assim como a conversão da população ao cristianismo.
Em termos de política externa, manteve boas relações com o Império Bizantino e Sacro Império Romano até 1024, ano em que o Imperador Conrad II sobe ao trono e demonstra uma política agressiva contra a Hungria.
Pela localização privilegiada entre ocidente e oriente da Europa, tentou fomentar um circuito comercial entre Constantinopla e os reinos ocidentais. Graças a um conjunto de campanhas militares, bem-sucedidas nos Balcãs como aliado dos bizantinos, Estêvão I da Hungria, recolheu um conjunto de relíquias religiosas que permitiram a constituição de rotas de peregrinação até a Hungria.