Biografia de Paulo Guerra
Paulo Guerra foi um atleta português que se especializou no corta-mato, em que chegou a vencer quatro edições de europeus e medalhado em mundiais de corta-mato e era conhecido pelo “Rei da Lama”.
Nascido em Barrancos, a 21 de Agosto de 1970, começou por correr num clube local, o Barrancos Futebol Clube. Torna-se atleta federado em 1988, através do Grupo Desportivo Diana e no ano seguinte muda-se para o Arraiolense. Nesse ano de 1989 tem a primeira actuação internacional nos mundiais de corta-mato de juniores, onde terminou no 34º posto. Acaba por ser contratado pelo Sporting nos finais do ano de 1990, tendo mais tarde sido contratado pelo Maratona Clube de Portugal. Era um especialista de crosse, contudo, ainda chegou a correr em pista, com melhores resultados nas distâncias largas, como nos 10000 metros.
Em 1993, Paulo Guerra ajuda a selecção nacional a conseguir a medalha de bronze nos mundiais realizados no País Basco, concretamente, em Amorebieta, tendo ficado no 21º posto e sagra-se campeão europeu de clubes, através do Sporting Clube de Portugal, clube que representava e que ajudou à conquista do ceptro europeu, com o seu 4º posto individual. No ano seguinte, vence o corta-mato dos campeonatos europeus e ajuda a selecção nacional a também alcançar a medalha de ouro na competição. Antes disso, Paulo Guerra tinha participado nos Mundiais da especialidade e terminou dentro dos 15 primeiros. De realçar, o 5º lugar atingido nos 10000 metros nos Europeus de Helsínquia, ao ar livre. Nesse ano de 1994, sagra-se campeão nacional dos 10000 metros, título esse que viria a repetir em 2005, ano em que, também, é campeão nacional de corta-mato. A correr pela equipa do Maratona Clube de Portugal, vence a prova de estrada na Taça dos Campeões Europeus de Estrada que decorreu na cidade do Porto. Com uma actuação em grande da equipa, já que os quatro primeiros classificados foram todos da equipa de Paulo Guerra, também levaram a medalha de ouro colectiva.
Não satisfeito com o que tinha ganho na edição anterior dos Europeus de corta-mato, Paulo Guerra repete a façanha, conseguindo duas medalhas de ouro, ou seja, a individual e a colectiva. Além destas conquistas, domina nas provas de estrada e de corta-mato da Taça dos Campeões Europeus por Clube, dominando a prova individual e ajudando a conseguir a medalha de ouro colectiva. Nos mundiais, melhora o seu rendimento e o resultado, terminando na 6ª posição. Em 1996, não conseguiu revalidar o título, mas termina no 2º lugar da prova a título individual e a nível colectivo, Portugal volta a conseguir a medalha de ouro a nível colectivo. O atleta participou, também, nos Jogos Olímpicos de Atlanta, na prova de 10000 metros, não a tendo terminado. Mais uma vez, campeão europeu por equipas, sendo o primeiro classificado da prova. Em 1997, termina a prova dos mundiais de corta-mato numa das piores classificações para o português, no 26º posto, sendo que é campeão nacional de corta-mato pelo terceiro ano consecutivo, assim como a vitória na Taça dos Campeões Europeus, com o Maratona Clube de Portugal. No ano seguinte, sobe ao pódio no Europeu de corta-mato realizado em Ferrara, com a medalha de prata conquistada por Portugal, ajudando a selecção com o seu 11º posto na prova. Nos Mundiais da especialidade, termina no 12º lugar.
No ano de 1999, Paulo Guerra volta às grandes conquistas e resultados de nível dos melhores. Torna-se, novamente, campeão europeu, tendo ficado a selecção nacional com a medalha de prata e finaliza no último lugar do pódio nos Mundiais de Belfast, com a respectiva medalha de bronze. Aliás, levou duas medalhas de bronze porque a selecção nacional ficou no terceiro lugar por equipas. Nesse ano, Paulo Guerra sagrou-se, pela última vez, campeão nacional nesta disciplina e vence a prova de corta-mato da Taça dos Campeões Europeus, tendo o Maratona levado a prata, ao contrário dos anos anteriores. Em 2000, nos mundiais de corta-mato, realizados no Algarve, em Vilamoura, Paulo Guerra decepcionou um pouco no resultado individual, terminando com um 25º lugar mas ainda deu para levar uma medalha de bronze para casa, fruto do resultado colectivo. Ainda foi a Paris, levar de vencida a prova da Taça dos Campeões Europeus de estrada, onde ajudou, novamente, o Maratona a sagrar-se campeão. Sofreu uma doença grave que o deixou debilitado e que o fez abandonar a carreira desportiva aos 38 anos de idade. Virou empresário e foi embaixador do europeu de corta-mato de 2010 que decorreu em Albufeira.