Biografia de Dulce Félix
Dulce Félix é uma das actuais fundistas portuguesas mais reconhecidas em solo nacional e internacional, com um campeonato europeu nos 10000 metros ganho e das melhores portuguesas dos últimos anos no corta-mato, como atestam os três campeonatos nacionais que ela venceu nos últimos anos.
Nasceu na cidade de Guimarães, a 23 de Outubro de 1982 e desde muito nova, começou a treinar atletismo num clube local, o ACR Conde. Com 12 anos estreou-se nas lides do atletismo nesta equipa, tendo ficado até 1999, quando se mudou para a equipa do Vizela. Esteve vários anos nesta equipa do Vizela e conciliava os treinos e o trabalho que tinha numa fábrica de confecções. Dulce Félix treinava, apenas, fora das horas de expediente, obrigando-a a um esforço maior do que seria de esperar para uma atleta com tanta capacidade mas com poucos apoios necessários ao desenvolvimento do desporto em Portugal.
Em 2007, deixa de trabalhar na fábrica para se dedicar em exclusivo ao atletismo e muda-se para a equipa do Sporting Clube de Braga. E nesse ano, torna-se campeã nacional dos 10000 metros. No ano seguinte, nos Europeus de corta-mato, finaliza a prova no 17º lugar. Em 2009, surgiu a estreia na pista e aconteceu em Berlim, nos Mundiais. Finalizou na 13ª posição e com novo recorde pessoal. No ano de 2009, conquistou vários triunfos e medalhas. Finalizou na sexta posição, os Europeus de corta-mato em Dublin, ajudando a selecção nacional a triunfar colectivamente e a levar a medalha de ouro para casa. Nos mundiais na mesma especialidade disputados na Jordânia, acabou por ficar com a medalha de bronze colectiva, tendo sido a melhor portuguesa no 15º posto. Termina a meia-maratona de Lisboa com uma medalha de prata e no final de época, vence a São Silvestre de Lisboa e da Amadora.
No ano de 2010, surgem conquistas importantes para Dulce Félix. Em solo nacional, conquista o título de campeã nacional de corta-mato e de 5000 metros e nos Europeus de corta-mato realizados em Albufeira, fica em terceiro lugar e medalha de bronze, tendo sido ultrapassada no final por parte de outra atleta estrangeira. A portuguesa Jessica Augusto viria a conquistar a prova internacional. Terminou em 8º lugar nos Europeus de Barcelona na prova referente aos 10000 metros. A mesma classificação foi obtida nos Mundiais de Daegu do ano seguinte na prova da dupla légua, conseguindo ser a melhor europeia da competição. Termina a participação nos europeus de corta-mato desse ano de 2011, com a medalha de prata e participa em duas maratonas. Primeiro, na de Viena, onde termina na segunda posição com mínimo olímpico atingido e mais tarde, na maratona de Nova Iorque, onde termina às portas do pódio, na 4ª posição.
Em ano de Jogos Olímpicos e logo no ano de estreia da competição, Dulce Félix queria chegar nas melhores condições. E comprovou isso mesmo, ao tornar-se campeã europeia dos 10000 metros nos campeonatos europeus, de Helsínquia. Atacou de longe e mais nenhuma adversária conseguiu acompanhar o ritmo da portuguesa, ficando com um título que dava motivação para preparar a prova da maratona que iria correr nos Jogos de Londres. Mas no dia de prova, as coisas não correram de feição à portuguesa, terminando fora das vinte primeiras classificadas. Nota ainda para a participação de Ana Dulce Félix nos campeonatos mundiais ao ar livre, com um 13º posto nos 10000 metros.
Em 2013, com o fim da equipa Maratona Clube de Portugal, onde se encontrava desde 2011, é contratada para a secção de atletismo do Sport Lisboa e Benfica, onde se mantém actualmente. O ano de 2014 foi um ano complicado. Não conseguiu revalidar o título europeu conquistado dois anos antes, ficando num 12º lugar, muito aquém do que seria de esperar para Dulce Félix, que nesse conquistaria, o Nacional de Estrada e a São Silvestre de Lisboa, como triunfos mais importantes, num ano difícil devido ao falecimento de uma familiar. Em 2015, Dulce Félix, termina a Maratona de Londres no 8º posto, melhorando a sua marca pessoal e este ano venceu o campeonato nacional de estrada, ajudando a equipa que representa, o Benfica, a vencer colectivamente.
