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Conceito de Anarquismo
O termo anarquismo designa uma doutrina ou ideologia política nascida no séc. XIX que, ao contrário das restantes ideologias políticas que procuram encontrar resposta para a questão “qual o modelo ideal de Estado?”, coloca em causa a própria existência do Estado. A própria palavra anarquismo, foi criada a partir do adjectivo anarquia, palavra formada a partir da palavra grega Anarkhia, de a(n) = ‘sem’ ou ‘privado de’ + arkhé = ‘comando’, ‘poder’, ‘autoridade’ e que, portanto, significa “ausência de poder”.
Esta corrente de pensamento nega a necessidade do Estado como entidade de organização central e coerciva da sociedade, acreditando nos benefícios da sua substituição por uma organização social livre e espontânea. Segundo os anarquistas, a ordem social deve proceder do livre consentimento dos indivíduos, considerados entidades autónomas, opondo-se de forma radical a todo o tipo de submissão do indivíduo a uma ordem socio-económica, política ou ideológica imposta de forma autoritária. Assim, segundo esta corrente de pensamento, o fim do Estado e de outras autoridades políticas ou religiosas, seria o único caminho para solucionar os problemas políticos que assolam a humanidade e para construir uma sociedade justa de homens livres. Nesse sentido, o anarquismo defende um ideal de organização da sociedade por ela própria, ou seja, sem organismos estatais, assente em associações de produtores e na ausência de propriedade privada.
Tipos de Anarquismo
Apesar de a ideia central dos anarquistas ser sempre a ausência de Estado em favor de uma sociedade totalmente livre e espontânea, podemos considerar duas correntes distintas: o anarquismo individualista e o anarquismo coletivista.
Para o anarquismo individualista, a partir do momento em que um grupo de pessoas se organizam, esse grupo acabará por exercer algum tipo de autoridade sobre os demais, isto é, o anarquismo coletivista correrá sempre o risco de acabar em autoritarismo.
Pelo contrário, o anarquismo coletivista defende que o anarquismo individualista segue a mesma lógica do capitalismo. Tal acontece, segundo os anarquistas coletivistas, porque o poder acaba por ficar centralizado num ou em poucos indivíduos que se destaquem em determinadas áreas ou atividades.
