Biografia de Gustavo Veloso
Duplo campeão da Volta a Portugal, Gustavo Veloso é um dos ciclistas mais completos e veteranos do ciclismo nacional. Aliás, Portugal tem um cariz decisivo na carreira do ciclista natural da Galiza, sendo que a vitória de maior notoriedade foi a Volta a Catalunha, em 2008, corria então na equipa da casa, a Xacobeo-Galicia.
Começa a sua carreira profissional em 2001, justamente, em Portugal, na equipa do Carvalhelhos-Boavista, em que obtém algumas vitórias durante as três épocas em que correu nesta equipa, vencendo duas provas por etapas do circuito nacional. Isso faz chamar a atenção de uma equipa espanhola, Relax-Bodysol, e faz toda a época de 2004 sem conseguir vitórias. O resultado de maior destaque foi um 3º lugar na Clássica de Puertos.
Muda-se para a Kaiku em 2005, equipa espanhola de natureza basca, onde fica por dois anos. E Portugal volta a ser importante para o ciclista galego. Em 2006, a equipa espanhola é convidada para vir à Volta a Portugal e o ciclista consegue uma vitória numa etapa dura. Com chegada ao alto de Santa Quitéria, Veloso vencia a etapa e chegava à liderança de uma prova por etapas internacional e, embora a tenha perdido no dia seguinte, mudou-lhe o “chip” e fez com que encarasse as corridas de outra forma, mais ciente das suas capacidades. E em 2007, acorreu à chamada da equipa local.
O russo Valery Karpin, outrora jogador de futebol, era agora investidor numa equipa criada na Galiza, onde estava radicado. E Gustavo Veloso era um dos ciclistas principais desta equipa espanhola e, por isso, vai à Volta a Espanha sem grandes resultados. Continua na equipa no ano seguinte, ainda que com um novo nome (Xacobeo-Galicia) e obteve grandes resultados durante todo o ano, sobretudo, na primeira fase. 3º classificado no Tour de Langkawi para começar a temporada, vem a Portugal terminar a prova da Volta ao Distrito de Santarém no 10º posto e na Volta a Turquia fica às portas do pódio, no 4º lugar. O ponto alto do ano estava para vir. A vitória na classificação geral da Volta a Catalunha. Não era dos homens principais apontados à vitória nesta competição e fez-se valer do bom momento de forma e aproveitou a forma anárquica com que a Volta decorria, para numa última etapa se adiantar face aos adversários e com essa táctica, levar de vencida a prova catalã. Viria a correr a Volta a Espanha, onde terminaria dentro dos 30 primeiros.
Em 2009, tem um calendário mais carregado. Sinal de maior responsabilidade dentro da equipa Xacobeo-Galicia. Repete 4º lugar na Volta a Turquia antes da estreia na Volta a Itália, onde passa ao lado. Também faz a Volta a Espanha, onde consegue vencer uma etapa, no caso, de montanha, onde se impôs escapado relativamente aos principais candidatos a vencer a prova na geral. Em 2010, tem um calendário preenchido de competição mas não tem resultados de destaque e com o fim do patrocínio da equipa no final desse ano, está à procura de equipa para o ano de 2011. Isto porque lhe foi dito pelos directores da equipa onde se encontravam para que se mantivessem em contacto porque iriam conseguir seguir com a equipa mas tal não chegou a acontecer. Portanto, 2011 foi um ano sabático para Gustavo Veloso.
Fruto dos resultados que obtivera em épocas passadas, não encerraria a carreira desta forma e em 2012, a equipa espanhola, Andalucia-Caja Granada tem uma vaga para o ciclista galego. Os resultados não foram os esperados mas mais importante era ter regressado ao profissionalismo com uma mentalidade renovada. Ainda assim, voltava o estigma de ficar novamente sem equipa. A equipa Andalucia-Caja Granada chegava ao fim em 2012 e Gustavo Veloso voltou-se para o ciclismo português e aceita o convite da equipa OFM-Quinta da Lixa para chegar à vitória na Volta a Portugal em 2013. A equipa portuguesa vence a classificação geral da prova, através de Alejandro Marque, e Veloso terminaria em 2º, vencendo uma etapa e mostrou que até podia ter vencido a prova não tendo o compatriota dentro da mesma equipa.
Em 2014, sem Marque na equipa, Gustavo Veloso confirmaria o triunfo na maior prova portuguesa, com vitória de etapa concluída. De registar que um problema com os patrocinadores e directores da equipa às portas do início da prova, teve para inviabilizar a presença da equipa na prova máxima. Neste último ano, manteve-se na mesma equipa, chamando-se agora W52-Quinta da Lixa e tanto o espanhol como a própria equipa dominam a Volta portuguesa, não dando hipóteses aos adversários, tendo o espanhol conseguido vencer duas etapas, além da geral e depois conquistou o Tour de Rio, que lhe tinha fugido nas duas épocas anteriores em que tinha ficado no 2º posto.