Biografia de Alejandro Valverde
Natural da região de Murcia, Alejandro Valverde é um dos ciclistas espanhóis com mais vitórias do actual pelotão, embora tivera os seus momentos menos bons quando se viu associado a um escândalo de doping. Ainda assim, contam-se mais os momentos bons e as vitórias conseguidas por onde passou. Talhado para as subidas, é um ciclista que apresenta uma ponta final de fazer inveja a muitos “sprinters”.
O ciclista espanhol começou por correr na Kelme e logo no primeiro ano vai fazer a Volta a Espanha, mas sem grandes resultados. Contudo, no ano seguinte, já consegue várias vitórias em provas do calendário espanhol e bons resultados que o levam aos campeonatos do mundo no final do ano. Tem 3 vitórias antes de chegar à Volta a Espanha, onde consegue mais 2 triunfos e nos Mundiais termina em 2º, atrás do compatriota Igor Astarloa. Motivação e confiança não faltaram para o ano de 2004. E as vitórias confirmam-no. No total, foram 7, uma das quais na Vuelta, prova talismã de Valverde.
O assédio para a contratação de Valverde era tanto e justificado que, em 2005, mudou de equipa e passou para a Illes Balears-Caisse d´Epargne para nunca mais sair desta estrutura, ainda que ao longo dos anos fosse mudando de nome. Continua a vencer na nova equipa, triunfa por 6 ocasiões, inclusive na Volta a França, onde fazia a primeira aparição, embora não a tenha concluído. Volta a terminar como 2º classificado nos campeonatos mundiais, desta vez, na capital espanhola. A regularidade é uma marca deste ciclista, sendo que para 2006, há para destacar as primeiras vitórias conseguidas em clássicas importantes como a Fleche Wallone e a Liege-Bastogne-Liege, confirmando ser um ciclista talhado para este tipo de prova, assim como depois de nova desistência no Tour, o espanhol consegue concluir a Volta a Espanha num 2º lugar, onde até foi líder. Mais uns Mundiais, mais um pódio. Ainda não foi desta que venceu.
Depois de duas desistências, à terceira foi de vez. Alejandro Valverde conseguiu ficar no 5º posto no Tour, contando para isso com uma regularidade impressionante na época que fez até chegar à prova francesa. Entre etapas e classificações finais, o espanhol obteve 19 top-5 em pouco mais de 30 dias de competição. Sagra-se campeão nacional na prova de fundo em 2008, depois de ter voltado a conquistar a Liege-Bastogne-Liege e vence, também, o Dauphine Libere, prova de preparação para o Tour. Piora o registo da época anterior, mas ganha a Classica San Sebastian e vai fazer a Vuelta que começa por ser líder mas termina em 5º na geral. E chegamos ao ano de 2009, em que venceu, pela primeira vez, a Volta a Espanha sem que tenha ganho qualquer etapa no decurso dessa prova, coisa rara no espanhol. Começa o ano um pouco mais tarde do que o habitual e vem, sempre em crescendo de forma, tendo sido um dos anos com mais conquistas até lá. Venceu a Volta a Catalunha, Dauphine Libere e a Volta a Burgos, antes de vencer a ronda espanhola.
O ciclista espanhol começou por correr no ano de 2010 e até obteve alguns triunfos mas todos os resultados obtidos foram anulados e o ciclista foi suspenso da actividade por dois anos. Esta decisão foi tomada pelo Tribunal Arbitral do Desporto que concluiu que o espanhol esteve envolvido num escândalo de doping que abalou todo o ciclismo no ano de 2006, denominado Operação Puerto. Assim sendo, só voltaria a correr em 2012. E voltaria a vencer como tinha feito. Austrália, mês de Janeiro. Primeira vitória numa chegada em subida. Em Fevereiro, vence na Andaluzia, no mês de Março, foi no Paris-Nice. Ganha uma etapa no Tour e duas na Vuelta, ficando em 2º lugar na geral. Não se podia esperar melhor resposta do espanhol. 2013 foi um ano aziago porque apenas conseguiu vencer no mês de Fevereiro. De qualquer forma, terminou na 3ª posição na Liege-Bastogne-Liege, na Volta a Espanha e nos campeonatos do mundo. Conquista por 11 ocasiões no ano de 2014. Para não falar de um 2º lugar na Lombardia, uma 3ª posição na Volta a Espanha e um 4º posto na Volta a França. Sim, mais uma medalha de bronze nuns Mundiais, novamente em Espanha. Em 2015, vence menos mas tem vitórias de elevada qualidade como na Fleche Wallone e na Liege-Bastogne-Liege e chega finalmente ao pódio na Volta a França, ajudando o líder da equipa a terminar em 2º lugar. Neste ano de 2016, vai ter objectivos diferentes, como a Volta a Itália, onde vai participar pela primeira vez, com 36 anos já feitos.