Quem foi Adónis
Adónis (português europeu) ou Adônis (português brasileiro) era, segundo as mitologias fenícia e grega, um jovem de grande beleza que nasceu de uma relação incestuosa entre Cínirias, rei de Chipre manteve com a sua filha Mirra. Terá sido pela sua beleza que Afrodite se apaixonou por Adónis. Contudo, Ares, deus da guerra, e que era amante de Afrodite, ao saber que a esta se apaixonara por Adónis, decide enviar um javali para o matar. O javali desfere um golpe fatal na anca de Adónis e o sangue que jorrou da ferida ter-se-à transformado numa anémona.
De acordo com uma outra versão, Adónis foi, enquanto ainda criança, escondido por Afrodite numa caixa, caixa essa que entregou a Perséfone para que a guardasse em Hades, o mundo inferior. Quando mais tarde Perséfone, encantada com a beleza do menino se recusou a entregá-lo a Afrodite, Zeus teve que intervir, estipulando que este passasse um terço do ano com cada uma e no outro terço era livre. Como Adónis gostava mais de Afrodite do que de Perséfone, passava o outro terço também com Afrodite, ficando 4 meses no mundo inferior e 8 meses no mundo superior. É por este motivo que Adónis se tornou o síbolo da vegetação que morre no inverno, descendo ao submundo durante 4 meses em forma de semente, para voltar à Terra na primavera e aí permanecer como planta durante 8 meses.
Embora seja geralmente associado à mitologia grega, Adónis teve origem na mitologia fenícia, na região da actual Síria. Na Bíblia, Ezequiel faz-lhe referência usando o nome semita de Tammuz. Crê-se que próprio nome ‘Adónis’ tenha origem na palavra Adonai, palavra hebraica que significa ‘Meu Senhor’.