O que é uma Conversão
No âmbito da lógica formal clássica ou aristotélica, o termo conversão designa uma operação lógica de troca da ordem dos termos predicado e sujeito numa proposição, ou seja, o sujeito passa a ser o predicado e o predicado passa a ser o sujeito. De sublinhar que na conversão a qualidade da proposição não deve mudar, embora tal possa acontecer na quantidade. Tal significa que a proposição obtida com a conversão não pode negar ou afirmar nada a mais do que a proposição convertida e, portanto, nenhum dos termos pode ter mais extensão do que tinha antes da conversão. A grande utilidade do conhecimento das regras de conversão é a de impedir que se caia facilmente em falácias.
Forma de conversão
Existem três formas de conversão de proposições, nomeadamente:
- Conversão simples: consiste na simples troca de sujeito e predicado sem alterar o restante; a nova proposição conserva a forma e a quantidade, sendo designada recíproca da proposição original, sendo aplicável às proposições universais negativas e particulares afirmativas.
Exemplo: nenhum mamífero é peixe >>> nenhum peixe é mamífero - Conversão por limitação ou por acidente: consiste na troca de lugar entre o sujeito e o predicado e na mudança de quantidade da proposição, que de universal passa a particular. Apenas é aplicável às proposições universais afirmativas, que se transformam em particulares afirmativas .
Exemplo: todo o mamífero é animal >>> alguns animais são mamíferos - Conversão por negação: recorre-se à transformação da proposição a converter numa afirmação particular equivalente, isto é, retira-se a negação da cópula e passa-se para o predicado, e em seguida converte-se de forma simples a proposição obtida. É aplicável apenas às proposições particulares negativas.
Exemplo: alguns animais não são carnívoros >>> alguns animais são não carnívoros >>> alguns não carnívoros são animais.
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